O fracasso está subindo à cabeça dos principais nomes do governo. Depois do legado de 760 mil mortos pela pandemia, a destruição de milhões de empregos, a formação de um exército de 50 milhões de trabalhadores vivendo na informalidade e ter ampliado a pobreza e a fome no país, os filhos do presidente Jair Bolsonaro agora lutam para assegurar o prêmio Nobel de Economia para o ministro Paulo Guedes. Sim. É isso mesmo.

No ano passado, o prêmio foi dado ao canadense David Card, ao americano Joshua D. Angrist e ao holandês Guido W. Imbens por um estudo sobre mercado de trabalho e inovações causais que impactam no crescimento econômico. Paulo Guedes não tem muito o que mostrar: a inflação dos alimentos chegou a 9,83% em apenas sete meses. Além disso, o Brasil tem hoje 33 milhões de pessoas passando fome.

Entre as nulidades que assinam a petição para conceder o Nobel de Economia a ao ministro estão Janaína Paschoal, Carla Zambelli e toda sorte de bolsonaristas. Na justificativa, o abaixo-assinado, que já tem 6 mil assinaturas, diz que “não restam quaisquer duvidas quanto ao gestor que melhor tem conseguido sucesso ao administrar uma economia em estresse”.

O abaixo-assinado é endereçado a duas assessoras de imprensa da Academia Sueca de Ciências. Elas dizem não ter conhecimento do movimento e afirmam que não têm poder decisório sobre a decisão do prêmio. As indicações para o prêmio são discutidas por um comitê de especialistas e acadêmicos. Ainda não foi desta vez, Paulo Guedes. •