O PIB abandona o ex-capitão
Empresários, intelectuais e banqueiros lançam manifesto em defesa das eleições e contra os ataques às urnas eletrônicas
Outro manifesto em apoio às eleições organizado por empresários e integrantes da sociedade já contava com mais de 6.000 assinaturas na última semana. O movimento foi lançado depois da escalada de críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao processo eletrônico de votação.
O documento encabeçado por empresários, diplomatas e intelectuais critica o que considera “ataques infundados e desacompanhados de provas” que questionam “o Estado Democrático de Direito” e a lisura do processo eleitoral. O texto não menciona Bolsonaro.
O manifesto conta com 267 assinaturas iniciais. A iniciativa uniu nomes como o presidente da Natura, Fábio Barbosa, o ex-presidente do Credit Suisse no Brasil José Olympio Pereira, a presidenta do Conselho de Administração do Magazine Luiza, Luiza Trajano, e a Monja Coen.
Outros nomes que constam no manifesto são Roberto Setubal, banqueiro ex-presidente do Itaú; Sidney Klajner, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein; e Pedro Moreira Salles, co-presidente do Conselho de Administração do Grupo Itaú Unibanco.
“Agora que as eleições estão se aproximando, é ainda mais necessário reafirmar o nosso compromisso com a democracia no Brasil. Defender a democracia é papel de todo cidadão”, disse o presidente da Natura. Eis a íntegra do documento.
O Brasil terá eleições e seus resultados serão respeitados
O Brasil enfrenta uma crise sanitária, social e econômica de grandes proporções. Milhares de brasileiros perderam suas vidas para a pandemia e milhões perderam seus empregos.
Apesar do momento difícil, acreditamos no Brasil. Nossos mais de 200 milhões de habitantes têm sonhos, aspirações e capacidades para transformar nossa sociedade e construir um futuro mais próspero e justo.
Esse futuro só será possível com base na estabilidade democrática. O princípio chave de uma democracia saudável é a realização de eleições e a aceitação de seus resultados por todos os envolvidos.
A Justiça Eleitoral brasileira é uma das mais modernas e respeitadas do mundo. Confiamos nela e no atual sistema de votação eletrônico. A sociedade brasileira é garantidora da Constituição e não aceitará aventuras autoritárias.
O Brasil terá eleições e seus resultados serão respeitados. •