Vice-presidenta da Colômbia discute a conjuntura latino-americana e mundial, as eleições nos dois países e as perspectivas do novo governo liderado por Gustavo Petro

 

As relações entre Brasil e Colômbia devem ganhar outro patamar, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva venha a ser eleito em outubro. A avaliação é da vice-presidenta eleita Francia Márquez, que esteve com Lula na última semana acompanhada do senador Alexander López, presidente do Pólo Democrático Alernativo (PDA). O encontro aconteceu na sede da Fundação Perseu Abramo, onde o ex-presidente recebeu a delegação do país vizinho acompanhado do presidente da FPA, Aloizio Mercadante, da presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e do ex-ministro Celso Amorim.

Ao lado do presidente eleito Gustavo Petro, Francia integra o primeiro governo progressista da Colômbia, vitorioso na disputa presidencial ocorrida em junho. Os dois novos dirigentes do país tomarão posse em no próximo final de semana, em 7 de agosto. A vice-presidenta veio ao Brasil para uma série de compromissos, não oficiais, entre os quais conhecer os programas de inclusão social implementados pelos governos petistas.

Com Lula, Frância conversou sobre a conjuntura latino-americana e mundial, as eleições nos dois países e as perspectivas do governo dela e de Petro. Antes do encontro com Lula, ela esteve reunida com as ex-ministras Nilma Lino Gomes (Igualdade Racial), Eleonora Menicucci (Secretaria de Política para Mulheres) e Tereza Capello (de Desenvolvimento Social), em reunião coordenada por Aloísio Mercadante.

Feminista e ativista da causa antirracista, Francia demonstrou especial interesse nas políticas afirmativas, nos programas de transferência de renda, de combate à violência contra a criança e de proteção à mulher, como a Lei Maria da Penha.

O presidente da Fundação Perseu Abramo colocou a expertise da FPA à disposição do país vizinho para intercâmbio e compartilhamento de informações e estratégias relacionadas às políticas inclusivas.

Francia também se encontrou com representantes do movimento negro no Brasil. Estavam presentes entidades como Coalizão Negra, Instituto Ynaô, Coletivo de Entidades Negras, Secretraria Nacional de Combate ao Racismo, da CUT, União de Negros e Negras pela Igualdade e outros. •

 

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