A forte segurança na Cinelândia, no centro do Rio, em evento com a presença de Lula e Geraldo Alckmin (PSB), não impediu que explosivo caseiro fosse lançado na direção do palanque. As explosões não deixaram feridos e aconteceram antes da entrada de Lula no local do evento. No microfone, os organizadores pararam os discursos e pediram calma aos presentes. Um suspeito foi detido e levado até a delegacia.

A preocupação com a segurança já havia levado a organização do evento a cercar parte da Cinelândia. Para acessar a área do ato, apoiadores passaram por revista e detectores de metal. Em nota, o PT informou que “estouraram dois artifícios de fogos, causando barulho, jogados de fora para dentro da área do ato”. O comunicado disse ainda que os artefatos fizeram barulho, mas ninguém se feriu nem houve tumulto.

A polícia identificou como suspeito André Stefano Dimitriu Alves de Brito, 55 anos. Ele se utilizou de adesivos do PT para se infiltrar na multidão. Levado para a delegacia de política PMs, ele vestia camisa preta de mangas compridas, onde estavam colados os decalques de campanha com as inscrições: “Lula, Freixo, André & Eu”. 

Na delegacia, ele confessou o crime, mas não quis prestar depoimento. Informalmente, disse não ter “inclinação política ou ideológica” e que teria promovido o ataque como forma de protesto a uma alegada polarização que prejudica o país. •