29 de maio de 1979 – 15 anos depois de ser tornada ilegal pelo golpe, A UNE é refundada

A semana na história - 27 de Maio a 2 de Junho

Representantes de estudantes de todo o país elegem abertamente a primeira diretoria da União Nacional dos Estudantes depois de a entidade ter sido tornada ilegal pela ditadura militar, em 1964. Isso ocorreu em 29 de maio de 1979, marcando a marcou a reorganização da UNE.

Havia pelo menos dois anos em que estudantes lutavam pela reconstrução da entidade, período durante o qual dois encontros nacionais foram brutalmente reprimidos. Também nesse intervalo foram organizadas diversas entidades autônomas, como o Diretório Central dos Estudantes Livre Alexandre Vannucchi Leme e as Uniões Estaduais de Estudantes.

O 31º Congresso da União Nacional dos Estudantes foi realizado no Centro de Convenções de Salvador (BA). Na abertura do encontro, falou o último presidente legal da UNE, o economista José Serra, que havia acabado de retornar do exílio.

Uma cadeira vazia no palco da solenidade denunciava a morte do último presidente da entidade em sua fase clandestina, Honestino Guimarães, desaparecido desde 1973. O congresso elegeu Ruy César Costa da Silva para presidir a UNE.

Dentre as principais pautas defendidas pelo movimento estudantil organizado naquele tempo, destacavam-se: 1) o ensino público e gratuito; 2) a libertação dos estudantes presos por atividades políticas; e 3) a anistia ampla, geral e irrestrita para todos os presos, cassados, banidos e exilados.

 

Maio de 2009 – Programa Luz para todos beneficia 10 milhões

A semana na história - 27 de Maio a 2 de Junho

Casas ou comunidades inteiras sem acesso à energia elétrica pode parecer coisa de filme de época, mas era a realidade de milhões de brasileiros e brasileiras em pleno século 21. As coisas começaram a mudar com o programa Luz para Todos, criado em 2003, pelo governo Lula. Com menos de seis anos de atividade, em maio de 2009 o programa atingiu a marca de 10 milhões de famílias beneficiadas — número equivalente a 80% dos sem-luz no Brasil naquele tempo.

O Luz para Todos nasceu com o objetivo de garantir que populações isoladas no interior do país e nas regiões metropolitanas das grandes cidades tivessem acesso ao mínimo: um ponto de luz em suas casas. Foi um projeto pioneiro levado adiante pela então ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff.

Dados de 2003 indicavam que 90% das famílias sem acesso à energia elétrica tinham renda inferior a três salários mínimos. A implantação do programa estava, portanto, diretamente associada à estratégia de investir recursos na redução da miséria e da pobreza, priorizando os municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano.

Em outras tentativas de realizar uma política nacional de eletrificação em pequenas comunidades rurais, realizadas por outros governos, os beneficiados arcavam com os custos da instalação — o que na prática inviabilizava as iniciativas. No Luz para Todos, os recursos são do governo federal e dos parceiros estaduais, sem nenhum custo de instalação para o usuário.

 

1º de junho de 2010 – Trabalhadores realizam 2ª Conclat

 

Quase 30 anos após a primeira edição, em 1º de junho de 2010 aconteceu em São Paulo a 2ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat). O evento levou ao estádio do Pacaembu cerca de 30 mil trabalhadores e trabalhadoras de todo o país, de diversas categorias e ramos de atividade econômica, além de representantes de movimentos sociais, dos trabalhadores do campo e de aposentados e pensionistas.

A Conclat foi promovida por cinco das principais centrais sindicais do Brasil — Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Força Sindical e Nova Central Sindical dos Trabalhadores — simbolizando a força da unidade da classe trabalhadora.

O saldo do encontro foi um documento batizado de Agenda da Classe Trabalhadora, que continha uma verdadeira plataforma de governo, com 250 itens divididos em seis eixos estratégicos. Além da distribuição aos trabalhadores brasileiros, o documento também foi entregue aos candidatos à Presidência da República naquele ano.

 

 

 

Outras datas históricas

01/06/1955: Nascimento de Régis Frati, militante do PCB e do PT.

27/05/1964: Fundação da Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

01/06/1964: Aprovada a Lei Antigreve que proibiu paralisações do setor público, estatais e serviços “essenciais”.

29/05/1969: Cordobazo (Argentina).

31/05/1980: Aprovado o programa e o estatuto do PT.

30/05/1986: 4º Encontro Nacional do PT, em São Paulo.

31/05/1990: 7º Encontro Nacional do PT, em São Paulo (SP).

28/05/2003: Criação da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca.

01/06/2009: Mauricio Funes toma posse como presidente de El Salvador.

02/06/2011: Lançamento do Plano Brasil sem Miséria pela presidenta Dilma Rousseff.

01/06/2014: Salvador Sánchez toma posse como presidente de El Salvador.

01/06/2017: 6º Congresso Nacional do PT, realizado em Brasília (DF).