Como o PT salvou o Brasil? Reduzindo as despesas com pessoal e encargos

Com Lula e Dilma, as despesas com pessoal caíram, entre 2004 e 2011 a 4,3% do PIB e, entre 2012 e 2014, a 3,8%. É muito menos do que o governo Fernando Henrique Cardoso gastava com pessoal em 2002: 4,8%. Nunca houve “gastança irresponsável”

 

 

Neste vigésimo quinto artigo da série organizada para oferecer fatos e números que desconstroem a tese mentirosa de que a política econômica do PT teria “quebrado o Brasil”, vamos mostrar como os governos Lula e Dilma atuaram para reduzir as despesas com pessoal e encargos.

Nas análises anteriores, demonstramos a falsidade dessa narrativa de economistas e comentaristas do mercado, mostrando o comportamento de diversos indicadores econômicos nas gestões do PT. Agora, tratamos da evolução das despesas com pessoal e encargos, ressaltando que a narrativa mentirosa da “gastança irresponsável” fruto do “populismo da esquerda” também não se sustenta diante dos fatos.

Em 2002, a despesa com pessoal e encargos sociais representava 4,8% do PIB. Nos governos de Lula e Dilma, tal percentual caiu para 4,3% do PIB — entre 2004 e 2011, exceto 2009 — e, depois de 2012 até 2014, para um patamar de 3,8% do PIB. Em 2015, os gastos crescem ligeiramente em decorrência da queda do PIB, mas mantêm-se em patamar inferior ao verificado em períodos anteriores: 4%.

É interessante assinalar que os gastos com pessoal, indispensáveis para a expansão dos serviços sociais básicos, especialmente em um país de dimensões continentais como Brasil, são motivo de constante crítica no seleto círculo dos cultores do “Estado Mínimo”.

A ideia subjacente é que, reduzidas as despesas com pessoal, os problemas fiscais do país estariam solucionados. No entanto, tais despesas são bem inferiores aos gastos com juros, que beneficiam basicamente instituições financeiras, investidores externos e, indiretamente, uma pequena menor da população.

Em 2002, os gastos com juros alcançavam 7,7% do PIB. E, apesar de terem decrescido expressivamente até 2012, quando atingiram seu menor valor (4,4% do PIB), representaram em média, no período 2003/2014, 6,6 % do PIB. Ou seja, 57% a mais do que os gastos com pessoal — média de 4,2% no mesmo período.

Portanto, também nesse caso, não se sustenta a afirmação de que a “crise”, que teria sido gerada pelos governos do PT, teria sido “fundamentalmente crise de irresponsabilidade fiscal”, como o arbítrio mais delirante nunca se cansa de repetir. •

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