3 de maio de 1968 – Ato de Estudantes é reprimido em paris

Em 3 de maio de 1968, uma manifestação contra o fechamento da Universidade de Nanterre eclode em Paris. Estudantes ocupam a Sorbonne e são reprimidos violentamente pela polícia, que realiza mais de 600 prisões. Com a Sorbonne fechada, os protestos ganharam as ruas. Barricadas foram levantadas e mais de 500 mil pessoas percorreram as vias da cidade.

No décimo dia de efervescência, 10 milhões de operários cruzaram os braços em greve, ampliando ainda mais o movimento de protestos na França. Materializa-se a união dos estudantes e dos trabalhadores contra a política trabalhista e educacional do governo do general Charles De Gaulle. Fábricas da Citröen e a Peugeot seriam ocupadas e a Bolsa de Valores, incendiada.

“Che está morto, mas a luta continua”, “É proibido proibir” e “A imaginação no poder” eram frases que estampavam faixas e cartazes espalhados pelas ruas. O movimento que contesta diretamente a autoridade é o estopim para rebeliões encabeçadas pela juventude ao redor de todo o mundo. Ainda em 1968, estudantes enfrentariam a polícia na Europa, nos Estados Unidos, no México, na Argentina e no Brasil.

 

7 de maio de 2007 – Nasce o Parlamento do Mercosul

A primeira sessão do recém-criado Parlamento do Mercosul — Parlasul — acontece em Montevidéu, no Uruguai, em 7 de maio de 2007. A assembléia reúne representantes dos países-membros do bloco — Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai, além da Venezuela, com direito a voz mas sem direito a voto. O órgão passa a ser formado por 90 integrantes e 10 comissões temáticas.

Os tempos eram de fortalecimento da integração regional latino-americana. Naquele contexto, o Parlasul nasceu da vontade dos envolvidos em debater as reivindicações sociais de cada país e zelar pela preservação de seus regimes democráticos. Os encontros mensais passam a se tornar palco de importantes discussões, como os acordos econômicos com a União Europeia.

 

12 de maio de 1978 – Estoura a greve da Scania em SP

Trabalhadores do turno da manhã da fábrica de caminhões da Scania-Vabis, em São Bernardo do Campo, vestem seus uniformes, batem o cartão de ponto e cruzam os braços diante das máquinas. Assim começava o dia 12 de maio de 1978, iniciando a onda de greves que tomaria conta do ABC paulista e se espalharia por todo o país, entrando para a história do movimento sindical.

A paralisação na Scania desafia a lei anti-greve da ditadura e surpreende os patrões por sua organização — sem piquetes e com a adesão pacífica dos quase 2.500 trabalhadores da fábrica. A principal reivindicação era um reajuste salarial de 20%.

Três dias depois do início da paralisação, a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema foi chamada para intermediar a negociação com os grevistas. Naquela altura a greve já tinha se estendido aos 10 mil metalúrgicos da Ford, aos 1.500 da Mercedes-Benz e aos mais de 1 mil operários de um setor da fábrica da Volks. O sindicato conduziu as negociações caso a caso.

 

 

12 de maio de 2016 – Dilma alerta: “Está em jogo o futuro do país”

Às 6h30 da manhã de 12 de maio de 2016, o plenário do Senado aprova a abertura de processo contra a presidente Dilma Rousseff por crime de responsabilidade. Injustamente e sem provas, num processo repleto de irregularidades e fraudes, Dilma foi acusada de infringir normas fiscais.

Naquele mesmo dia, por volta das 10 h, depois de ser comunicada da decisão, a presidenta faz um discurso histórico. E adverte: “O que está em jogo é o futuro do país, a oportunidade e a esperança de avançar sempre mais”. Ela atacou os partidos de oposição que perderam as eleições presidenciais por quatro vezes consecutivas: em 2002 e 2006, com Lula; e em 2010 e 2014.

“Desde que fui eleita, parte da oposição, inconformada, pediu recontagem de votos, tentou anular as eleições e depois passou a conspirar abertamente pelo meu impeachment. Mergulharam o país em um estado permanente de instabilidade política, impedindo a recuperação da economia com um único objetivo: de tomar à força o que não conquistaram nas urnas”, lembrou.

Dos 78 senadores presentes à sessão, 55 votam favoravelmente ao relatório pró-impeachment de Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator da denúncia. Outros 22 votaram contra. Às 10h, Dilma era afastada, temporariamente, do cargo de presidente, para o qual foi eleita com 54,5 milhões em 2014.

Começava ali o calvário da democracia, agredida com o impeachment, machucada pelos atentados contra a Constituição e ferida pela retirada sucessiva de direitos sociais e dos trabalhadores. Por fim, vilipendiada pelo governo de Michel Temer, que chegava ao poder com o apoio da mídia e das classes dominantes brasileiras, interessadas em impor uma agenda ultraliberal.  Foi o Golpe de 2016 que permitiu a ascensão de Jair Bolsonaro ao poder.

 

Outras datas históricas

06/05/1949: Nasce Antonio de Neiva Moreira Neto, integrante do Diretório Nacional do PT.

08/05/1950: Nasce Luiz Gushiken, que lideraria o movimento dos bancários nos anos 70 e 80 em São Paulo e se tornaria deputado federal e ministro no governo Lula.

10/05/1986: Assassinado a tiros o Padre Josimo Tavares, coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT) do Araguaia-Tocantins, por fazendeiros contrários ao seu trabalho junto a famílias na região. Chamado pelos agricultores de “padre negro de sandálias surradas”, ele se tornou um dos mártires da luta pela terra no Brasil.

10/05/1994: Nelson Mandela assume a Presidência da África do Sul.

10/05/2017: Lula presta depoimento a juiz Sérgio Moro, em Curitiba (PR).

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