O destino nas nossas mãos
A juventude tem força política, garra e rebeldia. E, assim como em diversos momentos da nossa história, vai mostrar compromisso para levar adiante as ideias de uma Nação livre do ódio, do rancor e da desigualdade, recuperando a democracia, a soberania e a dignidade do povo
A eleição presidencial de 2022 é a mais importante desde a redemocratização do país e do fim da ditadura militar. O país está diante de uma encruzilhada que mostram caminhos diametralmente opostos. De um lado, o retrocesso, com a continuidade do atual governo liderado por um facínora que enaltece a tortura e a morte. De outro, o avanço, com a luta pela reconstrução da Nação com base em justiça social, solidariedade, amor ao próximo e trabalho para todos. Este é o projeto representado pela candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva e todos os democratas que defendem a vida, o desenvolvimento, o crescimento econômico para todos e o respeito aos direitos humanos.
Nesta disputa que se avizinha e terá desfecho em outubro, a juventude tem a oportunidade de mostrar a força mobilizadora que definirá o destino da Nação. A mocidade está atenta ao momento que vivemos. Tanto que, de acordo com a Justiça Eleitoral, até 21 de março, 854.685 jovens de 15 a 18 anos já haviam solicitado a emissão do primeiro título de eleitor. A juventude quer não apenas escolher o próximo presidente e seus representantes nos governos e no Legislativo, mas assegurar que a esperança vença o atraso liderado pelo ex-capitão do Exército, que quer implantar o neofascismo no Brasil.
A juventude tem força política e rebeldia no sangue. E, assim como em diversos momentos da nossa história, vai mostrar compromisso para levar adiante as ideias de uma Nação livre do ódio, do rancor e da desigualdade. É a juventude que, mais do que nunca, pode mostrar como podemos reconciliar o país, com sua força criativa, sua garra e seu amor. Não é hora de temer nada. É hora de esperançar, abraçar o futuro que vamos construir juntos, cidadãos comprometidos com a democracia e o bem-estar do povo.
A juventude mobilizadora é quem pode definir esta eleição ainda no primeiro turno. O artigo 14 da Constituição estabelece que o voto é facultativo para jovens de 16 e 17 anos. Só passa a ser obrigatório a partir dos 18 anos. Mas, rapazes e moças de 15 anos que completarão 16 anos até 2 de outubro, data do primeiro turno das próximas eleições, também podem tirar o título de eleitor.
Olha que oportunidade se abre para o engajamento da mocidade. No momento mais crítico da Nação, que amarga desemprego de 15 milhões de pessoas, viu a morte de 660 mil brasileiros pela omissão do governo na condução da pandemia da Covid nos últimos dois anos, e assiste inconformada a fome na casa de mais de 100 milhões de brasileiros, que sofrem com a perda de renda, é a juventude que pode definir o destino do país. A escolha do projeto que queremos para a Nação está nas nossas mãos, e devemos optar sem medo de sermos felizes.
A Justiça Eleitoral registrou 1.051.000 jovens, entre 16 e 17 anos, com título de eleitor até março. Apesar de alto, este é o menor número de adolescentes aptos a votar em 20 anos. Representa o 17,32% da população brasileira nessa faixa etária. É hora de mostrar a diferença. Como diria a canção de Lulu Santos: “Eu vejo um novo começo de era,/ de gente fina elegante e sincera/ Com habilidade pra dizer mais sim que não”. Vamos dizer sim ao futuro. Vamos esperançar.
Podemos fazer mais e nos engajar de corpo e alma. A juventude que está lutando por um Brasil mais justo, batalhando por novos dias e o futuro nos movimentos sociais, engajada na política estudantil, discutindo o Brasil que queremos nas universidades, vai assumir agora o seu papel de protagonista. Devemos sair das salas de aulas nas escolas e faculdades para garantir um futuro melhor para todos. É hora de lutar para que mais jovens se cadastrem na Justiça Eleitoral para dizer não ao nefasto e sonharmos com um outro Brasil. A hora é agora.
Sem medo de ser feliz! •