Segundo o TSE, pouco mais de 13% dos jovens de 16 e 17 anos estão aptos a votar. É preciso que nos dediquemos a conscientizar jovens da importância da política. Hora de derrotar Bolsonaro

 

 

As juventudes brasileiras vêm construindo um novo modo de fazer política. Representativo, esse novo momento empunha bem alto bandeiras que dialogam diretamente com a vida daquelas e daqueles que sobrevivem no Brasil de Bolsonaro, sem deixar de esperançar um futuro de progresso.

Nas eleições municipais de 2020, o povo trouxe no voto um recado: é a vez da juventude! Elegeu jovens que se consagraram como as mais novas e novos parlamentares a se elegerem na história de suas cidades. Mas também como as mais votadas e votados no processo eleitoral. Demonstrando que a política jovem, diretamente ligada à educação, ao primeiro emprego, aos direitos da negritude, das mulheres e das LGBTs, deixou de ser apenas “identitária” e passou a ser prioridade pragmática do debate.

Este giro direcional e geracional mostrou, mais uma vez, como as juventudes são protagonistas e não coadjuvantes na cena eleitoral e política. Digo mais uma vez, pois, em 2018, foi a juventude quem protagonizou a eleição e vitória de Bolsonaro, provando sua importância como público alvo das candidatas e candidatos, tanto quanto das eleitoras e eleitores.

Contudo, a quadra histórica de 2022 apresenta diversos e novos desafios que só podem começar a ser resolvidos com a derrota de Bolsonaro. E para tirar o capitão do poder é imprescindível a presença da população nas urnas em outubro, incluindo aqueles mais jovens, que depositarão seus primeiros votos.

Os jovens de 16 à 24 anos são mais de 5 milhões de eleitores em 2022. O número se apresenta ainda mais importante quando vemos as pesquisas de intenção de voto e o interesse de parcela das juventudes brasileiras na vitória de Lula.

Segundo a pesquisa BTG Pactual, realizada entre 18 e 20 de março, Lula lidera entre os jovens de 16 à 24 anos com 54% das intenções de voto, contra 19% de Bolsonaro.

Em contraponto, segundo o TSE, até fevereiro deste ano, pouco mais de 13% dos jovens de 16 e 17 anos estavam aptos para votar, de acordo com dados do IBGE. Por isso, é preciso que nos dediquemos a conscientizar nossas juventudes da importância de ocupar todos os espaços da política.

Nesse sentido, o Partido dos Trabalhadores lançou, durante o 5° Congresso Nacional da Juventude do PT, em dezembro de 2021, a campanha Meu Primeiro Voto. A ideia é incentivar os jovens de 16 a 24 anos a tirarem seus títulos de eleitor ou regularizarem seus cadastros eleitorais.

Cabe a nós, enquanto juventude organizada, estar nas ruas e nas redes, nas escolas e universidades, nos ônibus e metrôs, nos rolês e baladas, fortalecendo a campanha Meu Primeiro Voto e construindo o diálogo e o convencimento das juventudes brasileiras do seu papel central na manutenção da democracia durante o processo eleitoral e a própria eleição.

A Juventude do PT tem como tarefa central trazer esses 5 milhões de jovens para a cena e o processo das eleições de 2022, consagrando essa maioria disparada de Lula, caso sua candidatura se confirme. É nossa missão número um.

As companheiras e companheiros não jovens, cabe fortalecer a campanha Meu Primeiro Voto e a atuação da JPT nas suas cidades, estados, coletivos, organizações e instituições.

Só com a unidade do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em torno da Campanha Meu Primeiro Voto teremos as juventudes brasileiras protagonizando esse momento único de nossa história e no front da conquista do quinto mandato do povo. •