O desafio de 2022 é barrar o governo Bolsonaro no Congresso e nas ruas. O governo do entreguismo pretende seguir promovendo a devastação do país em todas as áreas. Temos de reverter o caos

 

 

Na semana passada assumi, com muita honra e satisfação, a função de líder da Minoria na Câmara dos Deputados para o ano de 2022. Minha tarefa será a de coordenar a atuação e defender os posicionamentos unificados das bancadas de oposição ao governo de Jair Bolsonaro.

Para quem não está afeito ao modo como se organizam as casas de leis, explico melhor essa nomenclatura. Nos legislativos de todo o mundo existem, além dos líderes das bancadas de cada partido, parlamentares que exercem a função de líder do governo e líder da oposição, ou líder da Maioria e Minoria.

Em alguns casos, como é a Câmara dos Deputados no Brasil, temos as duas figuras: os líderes da Minoria e da Oposição, que dividem as tarefas e possuem as mesmas prerrogativas nas sessões de votação, embora a estrutura técnica de apoio ao bloco oposicionista seja da liderança da Minoria.

Teremos desafios enormes neste ano decisivo para a história do Brasil. Em outubro, a sociedade brasileira vai às urnas para decidir se quer seguir com o bando miliciano e genocida que se instalou no Palácio do Planalto ou se retomar os trilhos da democracia.

Antes disso, entretanto, temos pela frente uma agenda de destruição que precisa ser detida urgentemente. Bolsonaro pretende seguir promovendo a sua devastação – da Amazônia e dos outros biomas, bem como no campo dos direitos trabalhistas e do patrimônio público – para entregar a riqueza do Brasil aos seus financiadores e sócios na rapinagem neoliberal.

Temos que barrar a privatização da Eletrobrás e dos Correios, bem como o desmonte da Petrobrás e de outras empresas estatais que são cobiçadas pelos amigos de Paulo Guedes e seus cúmplices da rapinagem financeira internacional.

Na saúde e na educação, o governo tem como prioridade destinar orçamento para o mercado nestas duas áreas que são vitais para promover igualdade e justiça social no país mais desigual do mundo. Estaremos a postos para denunciar, enfrentar e evitar o avanço de qualquer projeto que seja nocivo ao conjunto da população e do interesse apenas de segmentos corporativos.

O pacote do veneno, cuja aprovação na Câmara foi imposta pela bancada do câncer e com a chancela do governo, também é uma pauta urgente que precisa ser derrotada no Senado. A lista de maldades é enorme e vamos tratar da maioria delas em artigos futuros neste espaço.

Entre 2005 e 2008, como vereador em Guarulhos, fui líder do prefeito Elói Pietá (PT) na Câmara Municipal. Na Assembleia Legislativa de São Paulo, fui líder da bancada do PT em duas oportunidades: 2012 e 2017.

Agora, na função de líder da Minoria na Câmara Federal, não deixo de ser um deputado do Partido dos Trabalhadores. Mas a minha incumbência e o meu ânimo são de ouvir todos os partidos da oposição e todos os setores que lutam contra o projeto neoliberal e fascista de Bolsonaro e aliados.

A sociedade tem nos nossos mandatos da oposição uma trincheira de resistência que precisa estar coesa, unida e disposta a dar o máximo para impedir que Bolsonaro avance. É o nosso desafio. É o nosso papel. É o dever histórico que nos cabe nesse momento. Estejamos à altura!