Em 2018, o presidente Michel Temer assinou o decreto para incluir a Eletrobrás no Plano Nacional de Desestatização (PND). A inclusão da estatal no PND foi possível graças ao Golpe de 2016, que retirou Dilma Rousseff da Presidência da República com o impeachment aprovado pelo Congresso, mesmo sem que tenha ocorrido um crime de responsabilidade, como determina a Constituição Federal.

A ideia de vender a estatal ganhou apoio da grande mídia, que aplaudiu a iniciativa de Temer. “Acabei de assinar um decreto que autoriza o início dos estudos para capitalização da Eletrobrás, tão logo o projeto seja aprovado pelo Congresso Nacional”, anunciou Temer, em 19 de abril daquele ano.

A privatização da Eletrobrás passou a ser uma prioridade da pauta neoliberal do governo golpista. No começo, havia forte resistência da base aliada à ideia da venda da estatal. A assinatura do decreto por Temer, foi a solução encontrada pelo Planalto para acelerar a análise do Congresso a um projeto enviado pelo Executivo sobre a venda da Eletrobrás.

Mas a venda da estatal pelo governo Bolsonaro é diferente daquele proposta inicialmente por Temer. O projeto original propunha emissão de novas ações da Eletrobras, reduzindo fatia da União. Com os recursos, empresa pagaria outorga de R$ 12,2 bilhões ao Tesouro. Temer queria, portanto, entregar por muito menos.

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