O Tribunal de Contas da União (TCU) avalia que o valor que o governo Bolsonaro precificou a Eletrobrás no processo de privatização está muito abaixo do mercado. Nesta terça-feira, 15, o TCU retoma em plenário a discussão sobre a viabilidade da venda da estatal.

Os técnicos dizem se tratar de uma avaliação de “black friday”, tamanho o desconto no valor. Eles chegam a afirmar que os números encontrados são “escandalosos” e podem influenciar os ministros do tribunal a recusar o processo de privatização. O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem pressa no negócio, que o PT vem denunciando como crime lesa-pátria. O governo  queria vender a estatal até maio.

O ministro Vital do Rêgo deve propor um recálculo do bônus a ser pago pela Eletrobrás à União e, caso a determinação seja confirmada pelo plenário, o governo enfrentará dificuldades para concluir a privatização neste ano.

Vital quer propor a determinação para que o bônus a ser pago à União, calculado em R$ 25,3 bilhões, seja ampliado para incorporar a capacidade de entrega rápida de energia pelas usinas em horários de pico. O número estimado seria pelo menos dez vezes o valor estipulado pelo Ministério das Minas e Energia.

A assembleia extraordinária de acionistas da Eletrobrás para deliberar sobre a capitalização da companhia – operação em que a participação da União seria diluída, e os acionistas privados se tornariam maioria – está convocada para 22 de fevereiro.

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