Com Lula e Dilma, a formação bruta de capital fixo, que mede o quanto as empresas aumentaram seus bens de capital, subiu mais de quatro vezes em relação ao governo FHC. Com Temer e Bolsonaro, a taxa de investimentos despenca

 

 

No décimo terceiro de uma série de artigos organizada para oferecer fatos e números que desconstroem as mentiras circulantes segundo as quais a política econômica do PT teria “quebrado o Brasil”, abordamos como o país aumentou sua capacidade produtiva com os governos Lula e Dilma.

 

Anteriormente, demonstramos a falsidade dessa narrativa, apresentando dados do comportamento de diversos indicadores econômicos que, absolutamente, não ‘revela’ que a economia, ao cabo dos governos petistas, estivesse vivendo “crise terminal”.

Já mostramos que, nos governos petistas, o Brasil voltou a crescer e a redistribuir os frutos deste crescimento. Houve crescimento econômico, expansão do PIB por habitante, elevação da taxa de investimento e do investimento público federal.

Aqui, analisamos o comportamento do indicador formação bruta de capital fixo. Esse indicador de nome difícil de ser compreendido mede o quanto as empresas aumentaram os seus bens de capital (máquinas, equipamentos e material de construção), indicando se a capacidade de produção do país está crescendo e se os empresários estão confiantes no futuro.

O gráfico 1 mostra que, com resultados oscilantes, nos governos de FHC, entre 1995 e 2002, a variação anual média da formação bruta de capital fixo foi de 1,5%. Entre 2003 e 2013, a variação média anual foi de 6,1%. Uma média quase quatro vezes superior à observada nos governos FHC, mesmo com a queda verificada no primeiro ano do governo Lula e da registrada em 2009, em função da crise financeira internacional deflagrada em 2008 com a grande recessão global.

Os resultados negativos verificados em 2014 e 2015 refletem o movimento mais geral de deterioração das condições da economia internacional e pelo agravamento da crise política e os efeitos disruptivos da operação Lava Jato, que destruiu setores produtivos e empregos em sua estratégia de desmonte das empresas.

Esses resultados também refletem a mudança de rumos na política econômica a partir do mandato de Joaquim Levy e sua opção pela contração fiscal, bem como o agravamento da crise política, posto que a oposição passou a apostar na instabilidade institucional e a forçar a imposição de limites legislativos à condução da política econômica.

Nos governos Temer e Bolsonaro, a taxa de investimentos despencou, registrando os variação anual média negativa (-1,4%) inédita na série analisada.

Em suma, durante os governos do PT foi esboçada uma política de desenvolvimento voltada para a melhora das condições de vida dos pobres. A economia cresceu puxada pelo consumo, mas também pelos investimentos públicos e privados. Por mais de uma década a capacidade produtiva de bens de capitais cresceu indicando a confiança dos empresários.

Portanto, também no caso desses indicadores, não se sustenta a afirmação de que a “crise” que teria sido gerada pelos governos do PT teria sido “fundamentalmente crise de irresponsabilidade fiscal”, como o arbítrio mais delirante nunca se cansa de repetir.

Mais uma vez, os dados demonstram que a narrativa dominante jamais teve em vista os interesses do Brasil e dos brasileiros; e que aquela “crise” inventada só serviu aos interesses econômicos e políticos dos protagonistas da farsa que foi o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

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