Trabalhadores compareceram em massa aos atos convocados pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) na sexta-feira, 3, contra a privatização da Refinaria Landulpho Alves. A FUP denuncia a entrega da RLAM pela metade do preço ao grupo Mubadala, dos Emirados Árabes, que assumiu o controle da unidade e de todo o complexo de ativos de logística da Petrobrás na Bahia.

A Rlam é a primeira refinaria da estatal a ter a venda concretizada. “Os prejuízos que o país e o povo já estão tendo com o desmonte da Petrobrás serão ainda maiores com a privatização de mais da metade do parque de refino nacional”, criticou a FUP, em nota. 

Outras duas refinarias da Petrobras também estão em processo final de privatização: a Refinaria Isaac Sabbá, em Manaus (Reman), e a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná. O governo Bolsonaro pretende entregar ainda a Fábrica de Lubrificantes do Nordeste, no Ceará; as refinarias Clara Camarão, no Rio Grande do Norte; Gabriel Passos, em Minas Gerais; Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul; e a Presidente Getúlio Vargas, no Paraná.

A FUP denuncia os prejuízos decorrentes das privatizações. A Petrobrás está abrindo mão de refinarias, mas também subsidiárias estratégicas, campos, plataformas, terminais, usinas termelétricas e de biodiesel, entre outros ativos, adquiridos a preço de banana por empresas estrangeiras e concorrentes da estatal. •

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