Movimento anuncia paralisação trazendo risco de desabastecimento e responsabiliza diretamente o governo pelos aumentos sucessivos da tarifa do diesel

 

Com o preço do óleo diesel nas alturas, os caminhoneiros, categoria que votou majoritariamente em Bolsonaro na eleição presidencial de 2018, prometem uma greve geral a partir desta segunda-feira, 1º de novembro. Além da diminuição do preço do diesel, os motoristas de caminhão reivindicam a defesa da constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete e o retorno da aposentadoria especial após 25 anos de contribuição ao INSS.

Apesar das tentativas do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, de minimizar o movimento grevista, os principais líderes dos caminhoneiros têm reafirmado a força da paralisação, caso o governo não apresente alguma proposta concreta para a categoria. Segundo Wallace Landim, o Chorão, a situação de hoje é pior do que a enfrentada em 2018 pelos caminhoneiros, quando houve greve do setor que paralisou o país, gerando uma situação de desabastecimento generalizada.

José Roberto Stringasci, da Associação Nacional de Transporte no Brasil (ANTB), também confirma a greve. “Ninguém está aguentando mais. A categoria resolveu parar e pedir para o presidente da República mudar a política de preços. E agora não é só a categoria não, é o povo brasileiro que está se conscientizando disso. Está forte o movimento”, afirmou.

Marconi França, um dos líderes da categoria, responsabiliza Bolsonaro pela greve e pelo aumento do preço dos combustíveis. “Desta vez, a categoria vai parar porque infelizmente não tem condições de rodar. Ficou inviável a gente ficar rodando. E essa paralisação tem nome e sobrenome: Bolsonaro e Tarcísio”, declarou.

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