Há um ano e meio vemos a educação pública brasileira quase entrar em colapso pelo
despreparo do Ministério da Educação montado para o desgoverno Jair Bolsonaro. Só não
tivemos uma estagnação total no estudo de milhões de jovens da rede pública graças ao
empenho sobre-humano dos profissionais da educação e dos partidos progressistas na luta
por um ensino remoto de qualidade e com internet e aparelhos celulares e computadores
pra geral.
O Instituto Unibanco e o Porvir criaram um infográfico para desenhar como as juventudes
negras foram atingidas no último período, mostrando os altos índices de evasão e
abandono escolar, em contra partida aos números que tangem a estudantes brancos e
brancas.
As juventudes negras sofreram com mais força o impacto deste processo de
desorganização educacional e irresponsabilidade social promovido pelo desgoverno
nacional, inflamado pelo racismo estrutural brasileiro, parte prioritária do programa político
de Jair Bolsonaro.
Precisamos colocar as juventudes negras no centro das discussões de educação e
participação social nas políticas públicas nacionais, abrir espaço para que essas jovens e
esses jovens ocupem as salas de aulas com incentivo real para um futuro de estudo e
trabalho decente, ocupando os espaços de poder e decisão, com formação acadêmica e
política, pois não haverá futuro igualitário e justo sem as juventudes negras ocupando as
cadeiras das salas de aula, das universidades, dos ambientes de trabalho e espaços
políticos.

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