O Brasil mantém um alto platô de mortes diárias por Covid-19, cerca de 1.083, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa. Somente na sexta-feira, 30, o país perdeu 963 vidas para a doença. O número é mais alto do que o período mais crítico da pandemia em 2020, no mês de julho. Apesar da tragédia, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, entrou em rede nacional, na quarta-feira, 28, para falar que o país pode se “orgulhar” do “sucesso” da campanha de vacinação, a despeito de o Brasil ter pouco mais de 18% da população imunizada.

“Hoje, podemos nos orgulhar do sucesso da nossa campanha de vacinação”, delirou Queiroga, no pronunciamento. “Cem milhões de brasileiros tomaram ao menos uma dose”, disse, pintando um quadro de 63% da população adulta vacinada. O consórcio de imprensa traz um cenário menos otimista: os vacinados com a primeira dose equivalem a 46,3% da população. Como o presidente Jair Bolsonaro, o ministro mente à vontade.

Queiroga dobrou a aposta na mentira ao dizer que Bolsonaro “promoveu estratégia diversificada de acesso às vacinas”. Outra inverdade. Bolsonaro não só atrasou a chegada de imunizantes que poderiam ter poupado milhares de vidas como atuou em campanhas antivacinas, como declarou à CPI da Covid a própria ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações da Saúde Franciele Fantinato.

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