Nova onda de protestos na Colômbia
Durante as comemorações dos 211 anos da independência da Colômbia na terça-feira, 20, o Comitê Nacional de Paralisação – que comanda uma greve geral que já dura 12 semanas consecutivas – convocou manifestações em todo o país. Somente na capital, Bogotá, foram registrados 13 pontos de concentração que reuniram 10 mil pessoas. Segundo o governo, foram registrados 195 atos em 95 cidades.
Durante os protestos, os manifestantes agitaram bandeiras colombianas de cabeça para baixo contra o presidente Iván Duque e gritaram palavras de ordem contra o governo. Eles exigem uma reforma policial e um Estado mais solidário diante da grave crise social provocada pela pandemia de Covid-19, que elevou a pobreza a 42% na Colômbia, país com 50 milhões de habitantes.
Apesar do tom de celebração, com apresentações musicais e artísticas, houve mais uma vez violenta repressão policial em Bogotá, Cali, Medellín, Bucaramanga e Popayán, segundo informações dos organizadores. Pelo menos 50 pessoas foram feridas durante os protestos e 70 detidas.
Organizações de direitos humanos apontam que desde o início dos protestos já morreram 76 pessoas, sendo que a grande maioria decorrente da ação policial. Segundo os levantamentos, 346 pessoas estariam desaparecidas e 83 tiveram lesões oculares.