Em 20 de julho, a CPI da Covid vai tomar o depoimento do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Ex-ministro da Saúde no governo Temer e pivô do escândalo de corrupção na gestão atual do ministério para a compra da vacina indiana Covaxin, Barros tem muito o que explicar aos integrantes da comissão.

O deputado Luís Miranda (DEM-DF) relatou à CPI que, ao denunciar possível corrupção na aquisição da Covaxin, ouviu do presidente Jair Bolsonaro, em encontro no Palácio da Alvorada, que as suspeitas em relação à Covaxin seriam um “rolo” do deputado. Depois da insistência dos senadores em saber quem era o parlamentar, Luís Miranda revelou que ouviu de Bolsonaro que o esquema de irregularidades teria como cabeça Ricardo Barros.

O líder do governo atual, que foi ministro da Saúde no governo Michel Temer, é autor de uma emenda parlamentar que facilitou a compra de imunizantes estrangeiros. Além disso, na época em que estava à frente do ministério, Barros teria contratado uma sócia da empresa responsável pelo fornecimento da Covaxin, a Global Gestão em Saúde, para a venda de remédios de alto custo ao, mas não entregou. O prejuízo estimado é de R$ 20 milhões.

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