Todos à rua contra o governo
Organizações da sociedade civil convocam protestos contra Bolsonaro em todas as capitais e principais cidades brasileiras. É hora de dar um basta ao presidente genocida e defender o auxílio de R$ 600
Organizações da sociedade civil, incluindo entidades estudantis e de trabalhadores – e até torcidas organizadas – convocaram para protestos por todo o país contra o governo Bolsonaro no sábado. É o #29M. O ato presencial ocorre com manifestações de rua em todos os estados. Mais de 100 organizações reunidas nas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo estão convocando os atos sugerindo medidas de precaução para evitar riscos de contaminação. Até mesmo um “guia de cuidados” para quem for à manifestação circula nas redes sociais.
Com vários itens, a pauta do chamado #29M tem como palavra de ordem o “fora Bolsonaro”. Os manifestantes defendem o auxílio emergencial de R$ 600, tema de ato organizado por centrais sindicais e movimentos em Brasília na quarta-feira, 26, e vacinação em massa. Também há o apoio aos trabalhos da CPI da Covid no Senado. A agenda de protestos contra o desemprego, cortes de verbas na educação, privatizações – especialmente da Eletrobrás –, além de um rechaço à reforma administrativa.
A União Nacional dos Estudantes (UNE) aprovou convocação para a manifestação #29M, em um dia de protesto contra cortes de recursos no setor de educação. A entidade, inclusive, publicou documento listando 10 motivos para participar. “Ocuparemos as ruas, com todas as medidas sanitárias necessárias, para denunciar os ataques do governo Bolsonaro à educação pública e sua política da morte”, diz a vice-presidenta da UNE, Élida Elena.
O ex-ministro e ex-prefeito Fernando Haddad (PT) também defende o #29M, afirmando que “o povo vai retomar, nas ruas, as rédeas do país”. “Podem ter certeza que o Brasil está esperando sair às ruas com segurança. E não vai ser pequena a manifestação”, declarou. “Não estou falando apenas da próxima. Temos um ano e meio até a eleição. Este país vai tomar as ruas para virar esta página”.