O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está conduzindo a maior expansão do governo americano em décadas, um esforço para usar US$ 6 trilhões em gastos federais para enfrentar os desafios sociais e econômicos em uma escala nunca vista em meio século. Nos EUA e no mundo. Na quarta-feira, 28, no discurso ao Congresso Nacional, ao lado da vice Kamala Harris e da presidente da Câmara, Nancy Pelosi, Biden fez um balanço dos primeiros 100 dias no cargo e anunciou um novo pacote: o Plano das Famílias Americanas no valor de US$ 1,8 trilhão.

A proposta ainda precisa ser aprovada pela Câmara e o Senado dos EUA, mas é radical e recria ampla política de bem-estar social, assegurando recursos para tentar reduzir a desigualdade. O Plano das Famílias Americanas se concentra nas crianças, e deve trazer à tona os tópicos de reforma policial e justiça racial, a crise climática e um enorme plano de infraestrutura, unidade e imigração. O plano da Casa Branca vai investir bilhões em um programa nacional de creche, pré-escola universal, faculdade comunitária gratuita, subsídios de seguro saúde e redução de impostos para trabalhadores.

Se o plano for aprovado, cerca de US$ 300 bilhões serão dedicados ao financiamento da educação, US$ 225 bilhões para creches e outros US$ 225 bilhões para subsidiar férias familiares. O programa reflete ideias progressistas, incluindo um programa nacional de licença familiar, que só recentemente foi adotado pelos legisladores democratas convencionais. Os EUA são a única nação rica que não tem uma política federal de licença-maternidade paga e faz parte de um grupo muito pequeno de países mais ricos que não oferecem licença-paternidade. o de Biden no Capitólio foi certeiro. “Temos que provar que a democracia ainda funciona”, disse.