1º de maio: tempo de luta e resistência
José Guimarães (*)
Em mais um 1º de maio sob o catastrófico governo Bolsonaro, nada temos para comemorar. A ausência de políticas públicas voltadas à classe trabalhadora nos exige olhar vigilante e muita luta para barrar os retrocessos causados pela política de retirada de direitos sociais e trabalhistas cada vez mais avassaladora.
Bolsonaro, o genocida, está cada vez mais empenhado em estabelecer o caos e sepultar direitos. O Brasil, hoje, tem mais de 14 milhões de desempregados e mais que o dobro de subempregados, mas o desgoverno que aí está não se movimenta para pagar auxílio emergencial digno, deixando 61 milhões de pessoas na pobreza. Ao contrário, contenta-se com a iniquidade de um país que volta ao Mapa da Fome.
A fome voltou ao Brasil. A base do prato feito, arroz e feijão subiram mais de 60% em um ano, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A carne subiu mais de 30% no período, obrigando milhões a substituir o alimento por ovo. O gás de cozinha está na casa dos R$ 100,00. Quando é possível ter o que comer, muitos ainda precisam escolher qual das refeições fazer.
Os brasileiros não suportam mais tamanha penúria. O capitão-presidente castiga o povo sem um plano coordenado de combate à pandemia. Não se empenhou quando deveria para comprar vacinas. Agora, o povo se vê obrigado a se arriscar desrespeitando o distanciamento social. Sem trabalho e sem auxílio justo, homens e mulheres são obrigados a escolher se morrem de fome ou por Covid-19.
Irresponsável e negacionista, Bolsonaro está mais preocupado em justificar o injustificável na CPI da Covid. Os planos de Paulo Guedes, o ministro da Economia pinochetista, triunfam com o avanço de projetos desastrosos para a classe trabalhadora. Reforma Administrativa e venda de empresas públicas como Correios e Eletrobras alimentam o delírio neoliberal de um governo genocida, fascista e omisso com a dor da população que chora pelos 400 mil mortos por Covid-19.
O Congresso silencia diante dos crimes de responsabilidade cometidos por Bolsonaro e negligencia os mais de 100 pedidos de impeachment. Precisamos continuar a denunciar a catástrofe sanitária e hospitalar ao mundo e fortalecer a frente para barrar o genocídio. Trabalhadoras e trabalhadores, mais do que nunca, precisam se organizar!
Vamos construir, juntos, sob a liderança e o legado de Lula, um novo ciclo de esperança para o povo sofrido que, diariamente, é esquecido por Bolsonaro. Vamos à luta!
* Deputado federal pelo Ceará, é vice-líder da Minoria na Câmara e vice-presidente nacional do PT.