O mundo saúda decisão do STF. Nos EUA, Bernie Sanders exalta: “Vitória da democracia e da Justiça”

Os presidentes Alberto Fernández, da Argentina, e Andrés Manuel López Obrador, do México, celebram 

Na Europa, Martin Schulz, ex-presidente do Parlamento da UE, também comenta: “Lula tem o meu apoio” 

 

Personalidades de peso, movimentos sociais e partidos políticos comemoraram a decisão monocrática proferida em 8 de março pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato. Ele anulou as condenações a Lula. Os presidentes Alberto Fernández, da Argentina, e Andrés Manuel López Obrador, do México, saudaram a decisão. “As condenações foram anuladas. Elas foram ditadas com o fim de persegui-lo e eliminá-lo da carreira política. A Justiça foi feita!”, disse Fernández.

“É importante libertar o ex-presidente Lula da culpa, porque de acordo com as informações que tenho, a Justiça decidiu que ele não tinha responsabilidade. Ele enfrentou uma campanha contra si e todo o movimento que representa”, disse López Obrador. Da Venezuela, o presidente Nicolás Maduro mandou mensagem celebrando a posição do STF. “Caiu pela força da verdade, da justiça e da luta, a escandalosa e gigantesca fraude legal contra ti”, escreveu, em carta endereçada a Lula.

“O mundo testemunhou a integridade com que suportaste a prisão injusta, a constância com que se desenrolou a batalha pela tua libertação, a tua dedicação ao serviço do povo ao longo desta luta”, destacou Maduro, celebrando a anulação das condenações do ex-presidente brasileiro na Lava Jato. Ele afirmou que o petista pode contar com ele e com o povo venezuelano para vencer o neoliberalismo.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, também parabenizou o ex-presidente brasileiro. “Celebramos a decisão que beneficia Lula. A medida chega para confirmar quantos excessos e abusos se cometen contra a esquerda latino-americana. Estamos alertas”, escreveu no Twitter. Ex-presidente do Equador, Rafael Correia tratou de exaltar a “força da verdade”. “Oligarquia latino-americana, imprensa e juízes corruptos: Entendem que nunca poderão contra a força da verdade e a integridade?”, questionou. Em seguida, saudou: “Viva Lula! Viva o Brasil! Viva a Pátria Grande!Até a vitória, sempre”.

Dos Estados Unidos, o senador democrata Bernie Sanders também reagiu efusivamente à decisão. “Lula fez um trabalho incrível para diminuir a pobreza no Brasil e defender os trabalhadores. É uma ótima notícia que sua condenação, altamente suspeita, foi anulada. Esta é uma importante vitória da democracia e da justiça no Brasil”, celebrou.

 

No Chile, senadores e deputados da oposição, bem como ex-embaixadores chilenos no Brasil, estiveram reunidos para expressar solidariedade a Lula. O endosso já havia sido tornado público em 2018 por meio de uma carta – assinada por mais de 30 figuras da política do Chile – questionando a Justiça brasileira.

Nos jardins do Congresso Nacional, o presidente do Partido Socialista, Álvaro Elizalde, a ex-ministra da Educação Adriana Delpiano e o economista Carlos Ominami usaram da palavra em uma demonstração de apoio público ao ex-presidente do Brasil. “Lula estava fora da disputa e Bolsonaro foi eleito. Até hoje o Brasil sofre as consequências, dentre as quais vale destacar, sem dúvida, o péssimo manejo da pandemia”, disse Elizalde.

“O processo vivido por Lula não cumpria nenhuma das garantias que correspondem a uma democracia. Pelo contrário, foi um processo com fins políticos, concretamente, privando-o da liberdade de cidadão e impedindo-o de se candidatar, visto que todas as pesquisas indicavam que era ele quem tinha maior apoio”, afirmou o presidente do PS chileno.

Da Bolívia, o ex-presidente Evo Morales também comemorou a decisão da Suprema Corte do Brasil. “Por fim, a justiça foi feita ao irmão Lula, vítima de cruel perseguição e lawfare por parte da direita com fins políticos”, disse, em texto distribuído nas redes sociais. “O Supremo Tribunal do Brasil anulou as sentenças que pesavam contra ele e, assim, restaurou-lhe seus direitos políticos. Grande alegria na Pátria Grande”, declarou.

Da Colômbia, o ex-presidente Ernesto Samper também disse que a decisão da Justiça brasileira é um sinal importante. “A anulação dos processos pendentes contra o ex-presidente Lula fecha um vergonhoso capítulo de politização da Justiça (lawfare) no Brasil que se replica em outros países da região contra outros líderes progressistas”, disse.

O prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel também se solidarizou: “Bravo querido Lula pelo seu compromisso inabalável com a verdade, a Justiça e a democracia. O povo irmão do Brasil merece respeito e poder escolher um candidato com essa integridade”, declarou o escritor argentinos, um dos principais ativistas dos direitos humanos na América Latina.

Na Alemanha, o ex-presidente do Parlamento Europeu Martin Schulz se manifestou publicamente em apoio a Lula: “Há dois anos conheci o ex-presidente brasileiro Lula em Curitiba – em sua cela de prisão. O Supremo Tribunal Federal deu-lhe ontem de volta todos os seus direitos políticos e ele deve concorrer nas eleições de 2022! Ele tem o meu apoio”.

Na França, dois dos mais importantes líderes políticos do país comemoraram a decisão da Justiça brasileira que beneficia o ex-presidente. A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, de quem Lula recebeu o título de cidadão honorário de Paris, no começo de 2020, e o líder da França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, também celebraram.

“Muito feliz! Justiça feita para Lula”, saudou a prefeita da capital francesa. Mélenchon também utilizou as redes sociais para comemorar a decisão. “Após cinco anos de perseguição, todos os processos contra Lula foram anulados! Lula está livre. O ‘juiz’ Moro e sua gangue repudiados. O judiciário brasileiro se recusa a fazer trabalho sujo”, saudou. Ao todo, foram mais de 50 manifestações de solidariedade ao redor do mundo.

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