Europa reconhece a força política do ex-presidente
O ex-primeiro-ministro da Itália Enrico Letta, que já havia manifestado publicamente seu apoio a Lula, também celebrou a decisão do ministro do STF. Luiz Edson Fachin. “Anuladas na Corte Suprema as condenações de Lula. Feliz por ele, feliz pelo Brasil”, escreveu o ex-premiê, que em 2018 se uniu a outros cinco ex-líderes de países da União Europeia para escrever uma carta cobrando que o brasileiro participasse das eleições.
Da Espanha, o líder do Podemos, Pablo Iglesias, ressaltou as implicações políticas da perseguição a Lula. “O lawfare contra Lula, para impedi-lo de ser candidato e abrir caminho para a extrema-direita, exemplifica o novo modus operandi das grandes potências”, disse. “No final das contas, não deu em nada, mas hoje manda Bolsonaro no Brasil. Agora é para ganhar, Lula. Punho levantado”, saudou. O Podemos faz parte da coalizão do governo do premiê Pedro Sanchez, do PSOE, tradicional partido de centro-esquerda que governa hoje a Espanha.
Já a deputada portuguesa Joana Mortágua indicou que a prisão de Lula faz parte do ataque contra as instituições. “A anatomia completa do golpe contra a democracia no Brasil está por conhecer, mas é certo que passou pela decisão política de prender Lula. Passo a passo, essa injustiça vai sendo denunciada e corrigida”, disse a deputada do Bloco de Esquerda.