Envelhece com dignidade, o que é uma arte. Envelhece com lucidez, o que é um privilégio. Admiro Apolonio por ser um homem de entendimentos sem deixar de ter posições bem claras sobre tudo. Neste sentido, não é um conciliador. É um moderador. Não se esconde atrás das dúvidas, nem quer se dar bem com todo o mundo. Não agrada demais. Tem posições, e sugere saídas lógicas para os problemas que se apresentam.

Envelhece com dignidade, o que é uma arte. Envelhece com lucidez, o que é um privilégio. Admiro Apolonio por ser um homem de entendimentos sem deixar de ter posições bem claras sobre tudo. Neste sentido, não é um conciliador. É um moderador. Não se esconde atrás das dúvidas, nem quer se dar bem com todo o mundo. Não agrada demais. Tem posições, e sugere saídas lógicas para os problemas que se apresentam.

Tendo um passado como o que tem, não se arroga nada a mais que os outros, salvo através do rigor da própria lógica. Não vive de cargos, nem do que já fez, mas do que pode ajudar a construir.

Envelhece com dignidade, o que é uma arte. Envelhece com lucidez, o que é um privilégio. Há pouco tempo, em homenagem a Mário Lago, lá estava ele, ao lado de Renée, discutindo e afirmando, contrapondo, sem se afastar do que pensa, mas sem perder jamais a serenidade. Conversamos um pouco sobre os problemas da Rússia, sobre o stalinismo, Apolonio com entusiasmo enorme. E sempre crítico, o que é fundamental.

Me lembrei dos cafezinhos que tomei em sua casa, da conversa solta com ele e Renée. Prometi voltar. Ainda lá não fui, embaraçado pelo tempo, ou pela falta dele.

Lá voltarei. Café político. Café amigo. Café bom, mas de conversa crítica.
 


*Vladimir Palmeira foi deputado federal pelo PT/RJ.