Greve nacional dos bancários, realizada entre os dias 10 e 12 de setembro de 1985. Bancários de diversas cidades do país cruzavam os braços e exigiam melhores condições salariais ante o processo inflacionário que provocava a perda mensal de 10% nos salários desses trabalhadores. A paralisação mobilizou aproximadamente 500 mil pessoas.

Na noite do dia 10, cerca de 30 mil bancários ocuparam a Praça da Sé, em São Paulo (SP), e aplaudiram em pé o discurso histórico de Luiz Gushiken, à época presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e uma das principais lideranças do movimento. Gushiken avaliou a trajetória do movimento sindical desde 1979 e reforçou a necessidade da categoria bancária se manter unida: “Os banqueiros vão jogar ainda mais pesado com a gente. Por isso, é fundamental que vocês entendam uma coisa: não pode haver desânimo. A unidade do movimento é a nossa arma. Está claro, companheiros?”.

Após dois dias paralisados, a categoria aprovou a proposta do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de reajuste salarial de 90,78%, incorporando também os 25% da antecipação. De acordo com texto publicado no Boletim Nacional do PT, “os bancários avançaram em conquistas no plano das reivindicações, deram uma lição de capacidade organizativa e de unidade, além de ganhar a simpatia da população e a solidariedade e apoio de um leque enorme de entidades, instituições e partidos políticos”.

 

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