Considerando que nos últimos 12 anos a agenda socioambiental tem se destacado nas ações de governo brasileiro;

O PT entende que, nos próximos 4 anos, a agenda de desenvolvimento nacional, em um modelo socialmente justo, economicamente viável e ambientalmente sustentável, deverá concentrar-se em:
1- Construir as condições para uma nova política monetária e cambial que permitam o crescimento econômico, o controle da inflação e o incentivo à atividade produtiva.
2- Direcionamento do investimento e do crédito para fortalecer a indústria nacional, a inovação e o emprego, concretizando o compromisso com o Brasil Produtivo. Nossas políticas industrial, científica, tecnológica e agrícola devem atuar para dar concretude ao desenvolvimento nacional e a geração de empregos, fortalecendo a pequena e média empresa, estimulando nossa capacidade de inovação, reduzindo os custos logísticos e melhorando o ambiente de negócios do País.

A busca de maior equidade regional é não só compatível com seus objetivos em termos de competitividade, como pode ser um importante instrumento no sentido de alcançá-los. A ativação plena do potencial da rica diversidade regional brasileira, hoje subexplorada, representa uma oportunidade para o Brasil ampliar sua capacidade competitiva e ocupar um novo papel no cenário internacional. É preciso fortalecer o compromisso com o reconhecimento das peculiaridades sociais e ambientais na promoção de políticas de desenvolvimento regional na região norte do País, levando em consideração a diversidade cultural e populacional. O mesmo se aplica à região nordeste, de modo a fortalecer a SUDENE e o BNB como órgãos de formulação, financiamento do desenvolvimento e mobilização político-institucional da sociedade e do setor privado em prol da região.

Identifica na realidade histórica do primeiro quarto de século XXI duas tendências avassaladoras: a) a financeirização global da economia que estabeleceu um novo patamar de exploração do trabalho, da expropriação da riqueza, e da concentração de renda e patrimônio jamais vista na história da humanidade; e b) a apropriação e mercantilização dos bens comuns, dos ecossistemas naturais, em processo de degradação incompatível com sua capacidade de regeneração; e a alteração das condições ambientais em escala global, que coloca em risco a reprodução da vida no planeta.

Mais estarrecedor ainda é constatar que as determinações deste avanço tecnológico, desta forma de produzir e consumir mesmo com a exclusão da maioria da humanidade do bem-estar social, conduziu a um impasse global cuja expressão mais nítida são as mudanças climáticas que ameaçam não apenas o atual modo de vida humana, mas até mesmo a capacidade de sobrevivência de todas as formas de vida do planeta. Ou seja: exclusão da maioria da humanidade dos benefícios sociais e inclusão de todos e todas nos riscos ambientais.

Enfrentar essa dupla realidade da superexploração do capital em sua fase de financeirização global e da exposição da humanidade aos riscos ambientais exige a combinação da luta pela realização futura da sociedade socialista democrática e sustentável com a luta presente contra a exclusão social e a apropriação desigual do produto do trabalho humano e a luta contra os graves danos ao meio ambiente que expõe a riscos imediatos bilhões de seres humanos e variadas espécies sobre a terra.

Enfrentar essa dupla realidade da superexploração do capital em sua fase de financeirização global e da exposição da humanidade aos riscos ambientais exige a combinação da luta pela realização futura da sociedade socialista democrática e sustentável com a luta presente contra a exclusão social e a apropriação desigual do produto do trabalho humano e a luta contra os graves danos ao meio ambiente que expõe a riscos imediatos bilhões de seres humanos e variadas espécies sobre a terra.

Políticas ambientais que reduzam os danos deste modo de produzir e consumir dominante, reduzam os riscos ambientais diante das mudanças climáticas e facilitem a preservação dos ecossistemas naturais e da diversidade biológica:

a) acesso universal aos bens comuns da humanidade – água, terra, energia e radiações solares, florestas, biodiversidade e patrimônio genético, os serviços ambientais dos ecossistemas naturais – cujo uso, gestão e proteção não poderão ser transformados em mercadorias e submetidas à lógica de reprodução do capital.

O PRESSUPOSTO NECESSÁRIO: REVOLUÇÃO CULTURAL E AMBIENTAL NO PT
O PT deve se revolucionar a si mesmo para renovar seu compromisso de revolucionar a sociedade. Uma revolução cultural e ambiental interna exigirá antes de tudo a adoção de um novo paradigma de ver a vida, do modo como se organiza a sociedade para produzir e consumir e sua convivência com o meio ambiente. Este novo modo de ver está baseado na crítica ao modo de vida que nos foi imposto pelo capitalismo e pelas experiências do chamado socialismo real, tanto do ponto de vista econômico, político e social quanto ambiental. Propomos o paradigma da sustentabilidade.

Acesse o documento no nosso banco de dados