Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes rebateu parte do depoimento de Marcos do Val à Polícia Federal. Ele  definiu o episódio como ‘ridículo’, uma tentativa de ‘operação Tabajara’, e destacou que o parlamentar se recusou a prestar depoimento.

Na versão apresentada ontem à PF, Do Val disse que teria se encontrado duas vezes com Alexandre de Moraes para tratar do suposto plano golpista, uma antes do encontro com Bolsonaro, outra depois. O senador declarou que não teria recebido nenhum pedido para formalizar a denúncia.

Moraes disse que esteve com Do Val em dezembro. E destacou que cobrou do senador que prestasse depoimento sobre o caso, mas ele teria se negado a colocar suas acusações ‘no papel’. “O senador disse que era isso uma questão de inteligência e que, infelizmente, não poderia confirmar”, relata o ministro. “Eu levantei, (me) despedi do senador, agradeci a presença. Até porque o que não é oficial, para mim, não existe”.

O ministro Ricardo Lewandowski, do STF, disse que, se o plano denunciado pelo senador for confirmado, ‘terá consequências muito sérias’. O relato é ‘muito grave’ e deve ser investigado. “A gente estava sendo governado por gente do porão”, comentou o ministro Gilmar Mendes. •

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