Diálogos pelo Brasil debateu o turismo e o desenvolvimento sustentável na última terça-feira (19), com participação de Domingos Leonelli, Jaqueline Gil e Tania Zapata e mediação de Luiz Barreto.

O ex-ministro do Turismo Luiz Barreto abriu o programa afirmando a importância do turismo para o país como eixo estratégico, que responde por mais de 7% do PIB no Brasil. O debate foi organizado em torno de alguns eixos estratégicos: a recuperação e reconstrução da imagem do Brasil, a reconstrução de mecanismos de governança.

Jaqueline Gil falou sobre como ganhar competitividade a partir da recuperação da imagem do Brasil que vive hoje uma situação de terra arrasada, principalmente relacionada a questões de segurança. “Não temos muito mais tempo para trabalhar, porque riquezas estão derretendo. Trata-se de uma indústria cada vez mais competitiva, e para se ter uma ideia, projetando o cenário de 2050, um a cada dois habitante da terra terão possibilidade de fazer turismo no mundo. Os gargalos, grandes desafios, estão principalmente conectados ao uso dos recursos naturais e locais que podem ser usados com essa finalidade”, afirmou.

Tania Zapata destacou a questão da governança. “Para pensar o turismo hoje é preciso agir profissionalmente pensando no novo mundo, na mudança de modelos mentais que ocorre hoje, e compreender o setor a partir de uma visão holística, sistêmica, multissetorial, interdependente de outros setores e cenários. O turismo depende da questão internacional, da macroeconomia, das políticas públicas do turismo, das questões relacionadas ao território e ao empoderamento. Entender esse contexto para a gestão do turismo é essencial”, disse.

Segundo Domingos Leonelli, a dificuldade que temos na governança do turismo está relacionada ao orçamento. “O turismo representa cerca de 8 a 10% do PIB, no brasil. A economia da Cultura representa de 2,5% a 3% do PIB. A Ciência e Tecnologia vai mais ou menos por esse caminho. Portanto, somadas, essas áreas concentram mais de 12% do PIB. No entanto, se somarmos o orçamento da União ele não chega a destinar 3% a elas. Essa é uma grande dificuldade dos governantes, pois todos consideram o turismo fundamental, mas isso não se traduz em termos concretos”, afirmou.

Assista ao programa completo:

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