Pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, no nono dia de greve dos caminhoneiros e divulgada nesta quarta-feira, 30 de maio, aferiu que 87% da população brasileira apoiam a paralisação e 92% consideram as reivindicações dos caminhoneiros justas.

Já as soluções proposta pelo governo para atender às reivindicações da categoria, que passa por cortes no orçamento e aumento de impostos, são rejeitadas por 87% dos entrevistados, mesmo índice dos que apoiam a greve. Na opinião de quase a totalidade dos entrevistados (96%), Temer demorou em negociar com os caminhoneiros e 77% desaprovam a maneira como o governo conduziu as negociações.

De acordo com quase dois terços dos brasileiros (59%) as medidas anunciadas pelo governo para acabar com a paralisação trarão mais prejuízos do que benefícios para a população em geral e 33% acreditam que vão trazer mais benefícios. Para mais da metade (56%) dos entrevistados a paralisação deve continuar e 42% acham que deve chegar ao fim. Caso a paralisação não termine, a grande maioria da população 88% defende a continuidade das negociações entre a categoria e o governo e apenas 9% são favoráveis ao uso das Forças Armadas para conter o movimento.

A maior parte dos entrevistados (42%) considera os motoristas autônomos de caminhão os principais responsáveis pela paralisação enquanto 31% compartilham da opinião de que de a greve foi impulsionada pelas empresas de transporte. Segundo metade da população (50%) os caminhoneiros serão mais beneficiados do que prejudicados pela greve, enquanto 60% acham que os donos das transportadoras terão mais prejuízos.

Já a população como um todo foi mais prejudicada pela greve, segundo 56% dos ouvidos, muito embora apenas 43% tenham se sentido pessoalmente prejudicados e 51% tenham sentido sua rotina afetada, sobretudo por deixarem de sair ou viajar, uma vez que 53% tiveram muita ou alguma dificuldade de abastecer o carro e um quarto (24%) teve dificuldade na compra de alimentos (10% muita e 14% um pouco).

Apenas 15% deixaram de ir ao trabalho, 13% evitaram ir ao médico nesse período, 69% dos alunos foram às escolas e 73% dos entrevistados mantiveram suas atividades de lazer nesses dias de greve e mesmo as viagens nesse feriado não foram afetadas para a maioria (67%) dos que previram viajar nesse feriado, 28% cancelaram viagens e 28% não iriam viajar, independente da greve.

A pesquisa ouviu 1.500 pessoas de todo o Brasil, por telefone, no dia 29 de maio. A margem de erro para esse levantamento é de 3,0 pontos percentuais.

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