Pesquisa Ibope/CNI divulgada na manhã dessa quinta-feira revela que o governo golpista de Michel Temer teve sua aprovação reduzida pela metade, de 10% para 5%, enquanto sua reprovação disparou 15%, indo de 55% para 70%. Consideram o governo regular 21% dos entrevistados, 10% a menos que em março. A baixa aprovação de Temer quebrou um recorde que pertencia a outro governo pemedebista na série histórica do Ibope, o do ex-presidente José Sarney. De acordo com pesquisa, apenas 11% consideram o governo Temer como melhor que o governo Dilma, enquanto 52% apontam a piora.

O pior resultado de Temer é na região Nordeste, onde 79% dos entrevistados consideram o governo ruim ou péssimo. Outros segmentos nos quais o governo Temer bate recorde de rejeição são entre as mulheres (74%), nas capitais (75%) e entre os que tem renda familiar até dois salários mínimos (72%).

O Ibope, que entrevistou duas mil pessoas entre os dias 13 e 16 de julho, também aponta que 83% desaprovam a maneira de governar de Temer e 87% não confiam no presidente. Nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste, 90% dos entrevistados dizem não confiar em Temer, número próximo ao obtido entre as mulheres (89%), jovens de 16 a 24 anos (92%), de 25 a 34 anos (90%), entrevistados com ensino médio ou superior (90% ambos) e moradores das capitais (90%) e das periferias (89%).

A rejeição à forma pela qual o governo gere a economia do país é explicitada quando os entrevistados são instigados a avaliar o governo por área de atuação: 87% desaprovam a atuação em relação aos impostos, 84% rejeitam a forma pela qual o governo gere a taxa de juros e combate ao desemprego, e 80% reprovam o combate à fome e pobreza. As cinco notícias mais lembradas pela população referentes ao governo são referentes a corrupção (16%), reforma trabalhista (10%), Operação Lava Jato (9%), a denúncia de Janot contra Temer por corrupção passiva (8%) e a reforma da Previdência (4%).

O governo Temer só existe devido ao golpe parlamentar dado para viabilizar o projeto de país rejeitado por quatro vezes seguidas nas urnas e que segue sendo aplicado contra os interesses e a vontade da população brasileira. A pesquisa evidencia que o apoio a Temer fora dos editoriais da grande imprensa, de setores Congresso Nacional e do empresariado não existe.

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