Cepal: violência contra as mulheres na América Latina e Caribe

Inaugurada essa semana, a campanha das Nações Unidas “Pinte seu mundo de laranja – deixe sua marca” (com duração até 10 de dezembro) visa chamar a atenção para a violência contra a mulher e impulsionar por mudanças. Como propostas estão a melhora dos registros administrativos para conhecer o número real de vítimas e impulsionar programas de prevenção e reparação, com orçamentos condizentes.

O problema da violência contra a mulher na América Latina e Caribe é muito grave: segundo o Observatório de Igualdade de Gênero da América Latina e Caribe, da Cepal, na América Latina e Caribe, em 2014, 1678 mulheres foram assassinadas por questões de gênero. Para o Brasil, não haviam dados oficiais quanto a essa questão, segundo a instituição.

A Cepal alerta que a violência deve ser enfrentada integralmente pelos estados, considerando os fatores de desigualdade econômica e social que operam na sociedade e das relações de poder entre homens e mulheres. Ainda aponta números sobre assédio político e no espaço público em diversos países da região.

Quanto à legislação, a Cepal aponta que somente 20 países da região têm leis contra a violência específica para as mulheres e, destes 20, somente 8 contam com recursos específicos para combatê-la no orçamento nacional.