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03 de dezembro de 2014
IBGE: novos dados sobre expectativa de vida e mortalidade no Brasil
A população brasileira vem envelhecendo rapidamente em função do declínio de sua fecundidade e mortalidade. Segundo dados divulgados no dia 1º de dezembro pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2013, a esperança de vida ao nascer no Brasil era de 74,9 anos (74 anos, 10 meses e 24 dias), ou seja, um indivíduo nascido em 2013 tem esperança de vida de 74,9 anos. Em relação a 2012, tais números apontam um aumento de 3 meses e 25 dias na expectativa de vida (que era de 74,6 anos), de 3 meses e 29 dias para a população masculina (passando de 71,0 para 71,3 anos) e de 3 meses e 14 dias para as mulheres (passando de 78,3 para 78,6 anos).

Segundo os dados, a unidade da federação com maior expectativa de vida ao nascer para ambos os sexos foi Santa Catarina (78,1 anos). Em Santa Catarina, Espírito Santo, Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande do Sul, as mulheres ultrapassam a barreira dos 80 anos. Já a esperança de vida no Maranhão, segundo os dados, é a mais baixa do Brasil para ambos os sexos (69,7 anos) e para os homens (66 anos), mas a expectativa de vida mais baixa para mulheres no Brasil está em Roraima (73,4). Em todos os estados no Norte e Nordeste do Brasil, exceto Amapá e Rio Grande do Norte, a expectativa de vida masculina atinge índices menores a 70 anos. No entanto, as regiões Norte e Nordeste são as regiões que apresentam maiores incrementos na expectativa de vida de 1980 a 2013, caracterizando uma melhoria bastante positiva.

Em 1980, a expectativa de vida ao nascer no Brasil para a população de ambos os sexos era de 62,5 anos, uma diferença de 12,4 anos em relação ao apurado em 2013: a expectativa de vida ao nascer no Brasil incrementou-se anualmente 4 meses e 13 dias em média, com ganho de 12,9 anos para as mulheres e 11,7 anos para os homens. Assim, a diferença entre os sexos também vem aumentando: em 1980 era de 6,1 anos a mais para as mulheres e em 2013 foi de 7,3 anos. É interessante notar também que, se em 1980 a diferença entre a expectativa de vida no estado com maior taxa (no caso Rio Grande do Sul) e aquele com menor taxa (no caso Alagoas) era de 12,1 anos, em 2013, a diferença entre a expectativa de vida no estado com maior taxa (Santa Catarina) e o com menor taxa (Maranhão) foi de 8,4 anos, o que indica uma diminuição das diferenças regionais.A maior mortalidade masculina em relação à feminina pode ser observada desde o nascimento: a mortalidade infantil para meninos é 1,2 vez maior do que para meninas e cresce até atingir o valor máximo entre os 22 e 23 anos: um homem de 22 anos tem 4,6 vezes mais chances de não atingir os 23 anos de idade do que uma mulher. A partir desse ponto, a diferença decresce conforme a idade aumenta. Tais dados são levados em consideração para o cálculo do fator previdenciário e também devem ser considerados na formulação de políticas públicas que possam responder ao envelhecimento da população, mudanças demográficas e no padrão de doenças que atingem a população.

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Análise: Ana Luíza Matos de Oliveira, economista

 

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