A Petrobrás é uma empresa brasileira – a maior e mais importante companhia genuinamente nacional – criada há 70 anos no governo Getúlio Vargas, nascida das lutas populares e com o compromisso de militares, cientistas e homens do Estado brasileiro.

Desde então, a empresa vinha cumprindo sua missão. Ao longo de sete décadas, construiu o maior parque de refino da América Latina, desenvolveu a indústria nacional, tornou o Brasil autossuficiente e descobriu o pré-sal.

Vale lembrar que, em 2016, a Petrobrás era a maior produtora de petróleo da América Latina, superando Venezuela e México. Com isso, o valor da empresa saltou de R$ 54 bilhões em 2002 para R$ 210 bilhões naquele ano.

A estatal está hoje entre as 10 maiores petroleiras do planeta, a maioria delas estatais controladas por suas nações. Vender a Petrobrás, como queria Bolsonaro, portanto, nunca foi um bom negócio.

Desde janeiro de 2019, a política de desinvestimento implantada pelo Planalto colocou à venda a rede de gasoduto da empresa no Nordeste, por R$ 33,5 bilhões, e o controle da BR Distribuidora por R$ 8,6 bilhões. O próximo passo foi a venda de oito refinarias por R$ 60 bilhões.

Bolsonaro lesou o povo ao querer tirar o controle da política energética do país das mãos da União. A Petrobrás perdeu receita com a venda de ativos.

Isso foi um erro estratégico. O governo colocou à venda ativos por R$ 130 bilhões. É pouco. Entre 2009 e 2014, durante os governos Lula e Dilma foram investidos US$ 250 bilhões na Petrobrás. •

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