A prometida transparência do governo Bolsonaro não está passando nem perto de seu governo: na última quarta, dia 23, o presidente em exercício assinou o Decreto nº 9.690/2019, que altera o Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012, que regulamenta a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação). Com a alteração, assessores (cargos comissionados) do governo podem classificar informações como ultrassecretas, com sigilo de até 25 anos.

Até ontem, esta classificação só poderia ser feita pelo presidente e seu vice, ministros de Estado, comandantes das Forças Armadas e chefes de missões diplomáticas e consulares fora do país.

A notícia foi divulgada no mesmo dia em que é anunciado que o Banco Central quer que o COAF deixe de monitorar as movimentações financeiras de parentes de políticos.

Fica cada vez mais claro que o discurso de combate à corrupção assumido pelo atual governo é vazio. Sem instrumentos de transparência e controle, a população terá menos acesso ainda ao que se passa no Governo.

`