As oficinas antecedem a realização do Fórum Reginal FPA – Ideias para o Brasil, que acontece em Porto Alegre (RS), nos dias 16 e 17 de maio

Na manhã da sexta-feira, 16 de maio, foi realizada a segunda oficina Estudo dos Estados Brasileiros, da Fundação Perseu Abramo, debatendo dados da e questões da realidade do Rio Grande do Sul. As oficinas antecedem a realização do Fórum Reginal FPA – Ideias para o Brasil, que acontece em Porto Alegre (RS), nos dias 16 e 17 de maio.

Na oficina, o secretário do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Governo do Rio Grande do Sul, Marcelo Daneris, apresentou os vários avanços e também os desafios da gestão de Tarso Genro à frente do governo do estado.

Deneris ressaltou a importância dos avanços ocorridos no país a partir dos mandatos petistas no governo federal: “tirar 40 milhões de pessoas da linha de pobreza não é pouca coisa. Aqui tínhamos um governo cujas opções iam ao contrário do que estava em curso”. No balanço feito por ele, o governo estadual conseguiu recuperar as funções públicas do estado, com investimentos em saúde, segurança, recuperação do magistério com reajuste de 76% no período do atual governo.

Governo petista do Rio Grande do Sul foi discutido durante oficina

Para ele, a administração do PT conseguiu “desmontar e remontar o estado do Rio Grande do Sul em três anos e meio e ainda ofereceu resultados positivos”. Na relação de ações apresentadas estão as políticas voltadas para os trabalhadores do campo e sua produção, políticas que ampliam as questões democráticas ou são voltadas para as mulheres e o enfrentamento ao racismo.

Deneris também defendeu que o PT precisará, quando iniciar a campanha eleitoral, “se voltar para a grande base social não organizada: os beneficiários dos vários programas, mostrar os avanços e o que foi feito de melhoria”. E concluiu: “o programa do Rio Grande do Sul ajuda a Dilma e a Dilma ajuda o Rio Grande do Sul”.

Com a participação de militantes, dirigentes, gestores e assessores técnicos da bancada dos deputados estaduais do PT, o debate englobou variados fatores que fizeram o governo avançar no sentido de melhorar a qualidade de vida da população e aqueles que impendem maiores conquistas.

Avanços e desafios para o Rio Grande do Sul na pauta da oficina

Participação
Após a exposição de Deneris os presentes expressaram suas preocupações e sugestões para a construção do programa de governo. Temas como estratégia de desenvolvimento, avanços produtivos locais, que hoje contam com mais de dois mil empreendedores participando, política, ações afirmativas para mulheres e juventude, os polos de tecnologia da informação.

O Orçamento Participativo, exemplo histórico, adotado no Rio Grande do Sul por meio de governos petistas e que envolveram a população nos debates mais acalorados sobre orçamento e destinação de recursos públicos, foi citado pelos participantes com preocupação. Retomar a participação popular foi apontado como um caminho a seguir. A deputada estudual Stella Farias defendeu que o “OP é instrumento de construção política e não só de planejamento”.

Diagnósticos do estado na construção do programa de governo gaúcho

Raul Pont, deputado estadual e ex-prefeito de Porto Alegre, relembrou que o OP foi “experiência concreta de participação, que permite o planejamento, a democratização e disputa da hegemonia política”. Pont também falou sobre as dificuldade na relação de força para mudar temas como as relacionadas à tributação e formas melhores de aplicação de recursos.

O ex-governador Olívio Dutra fez uma saudação aos trabalhadores e suas lutas e falou também sobre temas como a importância do transporte hidro-ferroviário, renúncia fiscal e política industrial. Dutra acredita que o “estado tem que investir na qualidade de vida da população”.

Dutra: estado tem que investir na qualidade de vida das pessoas

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Fotos: Sérgio Silva e Márcio de Marco