Presidente destaca avanços econômicos, compromisso com responsabilidade fiscal e projeta 2025 como o ano da colheita dos programas lançados

Lula: “2025 será o ano da colheita”
Reprodução TV Globo

Em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um balanço dos avanços do governo em 2023 e projetou um cenário promissor para os próximos anos. Com ênfase na solidez do planejamento e na execução dos programas anunciados desde o início de seu mandato, Lula assegurou: “Tudo o que foi planejado, até agora, está cumprido. Criamos o Novo PAC e lançamos todos os programas que tinham que ser lançados. Agora, 2025 é o ano da colheita. Vamos começar a colher o que plantamos. É um compromisso de honra meu”.

O presidente destacou a reconstrução administrativa e econômica do país após um período de desmonte, ressaltando os resultados positivos já visíveis em indicadores como o crescimento econômico e a recuperação do emprego formal. Ele frisou que o governo não pretende aumentar tributos, mas, sim, garantir que a arrecadação existente seja eficiente e justa. “Não queremos fazer uma reforma para aumentar tributos. Se o Brasil arrecadar corretamente os tributos já estabelecidos por lei, vai ter recursos suficientes para cuidar das coisas”, explicou, referindo-se à reforma tributária que tramita no Congresso Nacional.

Sobre responsabilidade fiscal, Lula adotou um tom firme para rebater críticas de setores do mercado financeiro: “Ninguém nesse país tem mais responsabilidade fiscal do que eu. Já governei esse país e entreguei ele crescendo 7,5%, com a massa salarial mais alta e em situação muito privilegiada. Não é o mercado que tem que se preocupar com os gastos do governo, é o governo. Se eu gastar mais do que tenho, quem paga é o povo pobre”.

Lula ainda aproveitou para reforçar sua insatisfação com a política monetária, classificando como injustificável a atual taxa de juros. “A única coisa errada nesse país é a taxa de juros estar acima de 12%. Não há explicação. A inflação está totalmente controlada, em torno de 4%. É uma inflação estável”, criticou.

Além de pautas econômicas, o presidente mencionou as relações internacionais como um dos pilares de seu governo. Ele citou a recente negociação do acordo entre Mercosul e União Europeia como um marco: “Fizemos um acordo extremamente importante. São 720 milhões de habitantes envolvidos e um PIB de 22 trilhões. O potencial é muito grande. É só termos paciência”.

Recuperando-se de uma recente cirurgia, Lula aproveitou o espaço para tranquilizar a população sobre sua saúde e adiantar a agenda para os próximos meses. Ele confirmou que permanecerá em Brasília no final do ano e se mostrou otimista para o próximo ciclo: “Tenho uma reunião ministerial antes do fim do ano. E a próxima viagem internacional será ao Japão, em março. Quando chegar lá, já estarei totalmente curado”.

Lula encerrou a entrevista com uma mensagem de compromisso com as promessas de campanha e com a retomada do desenvolvimento nacional. Seu discurso, marcado pela confiança, reflete a aposta de que os programas sociais e econômicos plantados ao longo dos dois primeiros anos de governo darão frutos consistentes em 2025, consolidando o ciclo de reconstrução do país.