A Petrobrás, a foz e a ciência
Principal empresa brasileira e uma das maiores do mundo, a Petrobras ressurge com força depois de ter a sua imagem canibalizada pela malfadada operação Lava Jato e ser praticamente desossada pelos desgovernos Temer e Bolsonaro.
O anúncio feito pelo presidente Jean Paul Prates de que não seriam mais praticados os preços internacionais, já que o país é superavitário no combustível, levou a Petrobrás abaixar o preço do diesel e do gás de cozinha. E, agora, a petroleira dá um salto.
A perspectiva de exploração na foz do rio Amazonas é um assunto deveras alvissareiro. Diferentemente do que vem sendo propalada por uma série de apressados, só haverá prospecção nessa região se for devidamente aprovada pelo Ibama e os demais organismos do meio ambiente.
A expertise adquirida pela empresa na descoberta e exploração nas camadas do pré-sal nos permite garantir que a preservação dos leitos naturais não estará sob risco.
A recente descoberta de petróleo naquela região — Guiana e Suriname pela multinacional Exxomobill — abre para o Brasil uma expectativa forte, já que a região que pertence ao Estado brasileiro é muito maior.
Falam em prospectar 1,2 milhão de barris por dia. Essa é quase a produção de nosso maior campo, o de Tupi, que está prospectando 1,5 milhão de barris por dia.
Se puder ser explorada, essa riqueza favorecerá em muito o Norte e o Nordeste já que a área exploratória faz fronteira entre vários estados da região. Os royalties pagos aos estados e municípios têm favorecido as unidades federativas produtoras de petróleo. Um exemplo é o Rio de Janeiro, que se não fosse pelo pagamento dos royalties enfrentaria uma situação quase falimentar.
Como defensores intransigentes dos interesses populares, sendo parte daqueles brasileiros e brasileiras que acreditam na potencialidade do Brasil e têm fé na ciência, devemos dar ao povo o que é do povo. Se aprovado pelos organismos ambientais, o projeto pode dar um novo salto ao país.
A foz, que fica a centenas de quilômetros da margem do rio Amazonas, pode ser o novo veio de riqueza que ajudará o Norte e Nordeste a adquirir um novo padrão de desenvolvimento econômico e social.
Se autorizada, a Petrobrás dará conta do recado. •