Governo federal manda Força Nacional ao Rio Grande do Norte, depois de ataques em municípios do estado. Fátima Bezerra reage e 30 são presos

Lula reforça segurança
TROPA Soldados da Força Nacional desembarcam em Natal, enviados pelo governo Lula para reforçar a segurança a pedido de Fátima Bezerra (PT)

Cidadãos que vivem no Rio Grande do Norte assistiram, estuWpefatos, aos ataques promovidos pelo crime organizado em mais de 20 cidades do estado nos últimos dias, o que levou a governadora Fátima Bezerra a recorrer ao governo federal. Soldados da Força Nacional de Segurança foram enviados pelo governo Lula, enquanto prisões foram deflagradas por determinação da governadora Fátima Bezerra (PT).

A onda de violência atingiu Natal e outras cidades, com delinquentes incendiando ônibus e promovendo tiroteios para assustar a população. Escolas e faculdades encerraram suas atividades em consequência da onda de violência, que segundo a Secretaria de Segurança foi determinada por presos ligados ao crime organizado. O transporte público funciona com restrições em todas as cidades e muitos comércios decidiram não abrir devido ao chamado “toque de recolher”.

Pelo menos 28 pessoas foram presas nas últimas horas pelos ataques em 19 cidades do Rio Grande do Norte. Um dos bandidos morreu após um confronto com a polícia. José Wilson, 29 anos, era foragido da Justiça e estava escondido em João Pessoa.

As autoridades brasileiras o apontam como um dos poucos líderes foragidos do chamado Sindicato do Crime, a facção criminosa que está por trás dos ataques. Outro criminoso foi transferido para um presídio federal de segurança máxima, segundo fontes da Polícia Civil do Rio Grande do Norte.

A governadora pediu a intervenção da Força Nacional para ajudar as polícias regionais no controle das cidades. O envio de 130 integrantes da tropa de elite foi ordenado pelo ministro da Justiça, Flávio Dino. Segundo o Ministério Público, o sindicato é a facção dominante no Rio Grande do Norte, onde controla o tráfico de drogas e a maior parte dos presídios da região. 

Investigações preliminares indicam que o caos semeado nos últimos dias naquele estado brasileiro é uma resposta ao recente endurecimento das políticas públicas de combate ao crime. •