Ano 5 – nº 385 – 18 de janeiro de 2017

2017: Brasil puxa para baixo estatísticas de emprego na América Latina e Caribe

Relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que em 2017 o mundo produzirá um saldo de 3,4 milhões de desempregados (empregos perdidos menos empregos gerados), chegando a 201 milhões de desempregados a nível global. O relatório ainda aponta a persistência do emprego vulnerável e dos “working poor”, que são os trabalhadores que, mesmo trabalhando, não tem renda suficiente para sair da pobreza. Em 2018, o aumento deve ser de 2,7 milhões.

Aponta-se que as mudanças serão agudas e negativas em especial na América Latina e Caribe (“altamente direcionadas pelo Brasil”, segundo o relatório), bem como na África Subsaariana. Para o saldo de 3,4 milhões de novos desempregados em 2017, o Brasil contribui com 1,2 milhões de novos desempregados.

As medidas propostas pelo governo de Michel Temer para redução do desemprego no Brasil tem sido no sentido de cortar direitos e flexibilizar salários, contrato e jornada. Tais medidas não só penalizam o trabalhador, mas também dificultam a retomada do crescimento ao privilegiar o rendimento dos empresários e não dos trabalhadores, que, proporcionalmente à sua renda, gastam mais que os primeiros, aquecendo a economia.

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* As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade de sua autora,
não representando necessariamente a visão da FPA ou de seus dirigentes.
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