BC prevê em seus modelos queda de 3% no PIB em 2016, influenciado pela queda de quase 4% apurada em 2015
Ano 4 – nº 353 – 17 de fevereiro de 2016
ECONOMIA NACIONAL
Diante da expectativa de recessão em 2016, BC pode reduzir juros: O Banco Central já prevê em seus modelos uma queda de 3% no PIB brasileiro em 2016, influenciado pela queda de quase 4% que foi apurada em 2015. Dada esta perspectiva, que já havia sido antecipada pelo FMI e pelo mercado financeiro, crescem as chances de o Banco Central iniciar ainda este ano um processo de queda da taxa de juros, uma vez que a própria recessão tende a servir como barreira de contenção de eventuais impactos inflacionários. Na última reunião do COPOM, os diretores do Banco Central já haviam surpreendido uma parcela dos analistas de mercado ao manter a taxa de juros inalterada, alegando exatamente a perspectiva recessiva como argumento para não aumentar ainda mais a taxa SELIC. Além da recessão interna, o cenário externo em constante deterioração também deve ser levado em consideração, uma vez que imprime uma pressão deflacionária em um grande conjunto de produtos (em particular nas commodities), além de retardar uma possível recuperação econômica brasileira pela via das exportações, que era esperada por um grande conjunto de economistas.
Comentário: A expectativa de recuo mais forte do PIB em 2016 converge com a visão da maior parte dos analistas e dos organismos internacionais. Ela representa em grande medida o efeito estatístico de termos atravessado uma recessão de 4% em 2015, que faz com que, mesmo que o PIB brasileiro se mantenha no mesmo nível de dezembro/2015, na média ele apresentará uma queda de aproximadamente 2% em 2016. Além disso, os primeiros dados do ano indicam que a atividade continua em queda, apesar de começarem a aparecer sinais de retomada localizados e um aumento gradual na confiança do empresário. Por sua vez, a inflação em 2016 deverá novamente ultrapassar o teto da meta de 6,5%, em grande medida devido ao “carregamento” da inflação do ano passado para o atual, fato conhecido como “inércia inflacionária”. A queda dos juros ainda em 2016 seria uma importante sinalização para confirmar o compromisso do governo de retomar o crescimento em 2017, além de gradualmente reduzir o custo financeiro da dívida pública, gerando um alívio no déficit nominal. A dinâmica inflacionária deve depender muito mais das variações na taxa de câmbio e da força da inércia inflacionária do que propriamente do crescimento da demanda, que tem se reduzido e já afeta diretamente o mercado de trabalho. O aumento do desemprego e a queda dos salários levará, por sua vez, a uma menor pressão na inflação de serviços, fato já observado em 2015 e que deve se aprofundar em 2016, de acordo com as projeções do Banco Central.
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