A Fundação Perseu Abramo exibirá em seu canal no YouTube e em sua página no Facebook no dia 07 de agosto, às 19h, o debate “Ventos libertários no mundo: a cena internacional”, dando início ao ciclo “Os significados de 1968”.

O debate contará com as participações de Eric Nepomuceno, jornalista, escritor e tradutor; e de Olgária Matos, filósofa, escritora, pesquisadora e professora da USP; além da mediação de Kjeld Jakobsen, consultor em cooperação e relações internacionais.

O debate

O mundo parecia virar do avesso. Guerra do Vietnã, Primavera de Praga e a explosiva insurreição estudantil na França. “Sejam realistas, exijam o impossível!”. Martin Luther King e Malcom X lideravam marchas pelos direitos civis dos negros norte-americanos, enquanto a geração hippie protagonizava o movimento flower power. A Primavera de Praga apontava contradições do socialismo real e, no Japão, estudantes da mítica organização de esquerda, Zengakurem, enfrentavam a polícia de Tóquio. Em São Francisco: “make love not war”. Em Amsterdã: “Toda autoridade é cômica”. No Brasil: “É proibido proibir!”, “Abaixo a ditadura!”.

A história não se repete, mas os embates sim. O que extraímos hoje dos acontecimentos de 1968 para compreender os atuais desafios e impasses?

O ciclo

Durante todo o mês de agosto, a Fundação Perseu Abramo exibirá às terças-feiras em sua página do Facebook e em seu canal no YouTube os debates do ciclo “Os significados de 1968”, que discute os acontecimentos emblemáticos daquele ano para o Brasil e para o mundo.

A democracia e a soberania de nosso país estão novamente sob ataque e os embates se repetem. É neste contexto que a FPA realiza o ciclo de debates “Os significados de 1968”, por entender que discutir a década de 1960 no Brasil, os projetos em disputa no país e como a geração de 1968 buscou enfrentá-los é contribuir também para compreender e encontrar saídas para o grave momento que vive nosso país, desde o golpe de 2016.

O ciclo terá quatro grandes temas, que devem provocar reflexões sobre a efervescência política, artística e cultural que se manteve após o golpe de 1964 no Brasil, interrompida com a assinatura do Ato Institucional de nº 5, em dezembro de 1968.

Naquele ano, àluz dos acontecimentos internacionais, estudantes, professores, religiosos, artistas, operários, militantes e dirigentes de esquerda, organizaram a resistência contra o recrudescimento da ditadura, o avanço do conservadorismo e a modernização conservadora imposta pelo regime militar.

 

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