O golpe está fazendo água por todos os lados, mantendo-se apenas por força da ação externa, como sempre foi desde o início, e da falência e/ou covardia das instituições nacionais. A economia não mostra sinais de recuperação como imaginavam, o desemprego é brutal, a informalidade compromete o PIB e a falta de qualquer perspectiva se torna visível para a população. O que está em curso é apenas um assalto criminoso e sem precedentes à economia, ao patrimônio e às riquezas naturais de um país.

Por outro lado, é objetiva a dificuldade do consórcio golpista de articular um candidato que tenha, pelo menos, a condição de disputar com um nome indicado por Lula. O que Lula tem dito nos comícios, que ganha a eleições no primeiro turno, é comprovado a cada nova pesquisa realizada por qualquer instituto. O comando externo do golpe, no entanto, também considera defenestrar Temer e, cada vez com maiores dificuldades, implodir as eleições, seja por cancelamento ou adiamento do calendário.

É nesse quadro que as bandas mais podres do golpe ensaiam suas ações fascistas, seja assassinando a vereadora Marielle Franco, atacando as caravanas petistas ou ameaçando as lideranças. À frente do golpe, a Rede Globo tenta impor sua pauta “identitária” para manipular “as ruas” como fez em 2013, transformando-se hipocritamente em defensora nº 1 de direitos humanos, favelados, mulheres e negros. Ao mesmo tempo, o STF negacia em defender a Constituição, dando margem para prender Lula e empurrar o país para a instabilidade definitiva.

O Brasil chegou em uma encruzilhada que, neste próximo período, será palco das mais tensas e intensas disputas políticas já vividas, a exemplo de outros momentos históricos. Os episódios verificados no roteiro da caravana de Lula pelo Sul, com ataques de milícias armadas, são apenas “spoilers” do que o futuro breve nos reserva. Aos que ainda trabalhavam com a ideia de uma transição tranquila por meio de um ainda duvidoso processo eleitoral, podem recolher seus punhos de renda.

O Brasil, no entanto, é maior do que o golpe, seus patrões externos e lacaios internos que traem, vendem e tentam submeter o país à exploração do sistema financeiro internacional. A maior prova disso é a crescente e gigantesca força de Lula, ao mesmo tempo o alvo principal do golpe e símbolo da resistência do povo nas ruas. Lula é o Brasil, é o povo que rejeita o colonialismo, que não aceita traidores, que defende sua terra e acredita na construção de uma Pátria soberana e digna para todos os brasileiros.

Uma boa parte da sociedade, em particular da classe média, está paralisada, sentindo-se traída e envergonhada pelo golpe, enquanto a elite econômica aposta no enfrentamento a qualquer custo para manter seus privilégios. A experiência histórica do povo nos últimos anos é irreversível e, por mais anestesia midiática que imponham, a revolta contra seus algozes explodirá nas ruas, mais cedo ou mais tarde. As forças políticas nacionais, portanto, precisam estar preparadas, com unidade, projeto de Nação e disposição de confiar e convocar o povo para o enfrentamento, já independente da vontade das partes.

E, como diz a música de Roberto Carlos, de autoria de Getúlio Côrtes, só tem um caminho neste momento a seguir, que é o de estar ao lado do povo, da democracia e da soberania – do Brasil!. É perfilar-se junto a heróis como Tiradentes, que tem seu nome na história nacional, ou corromper-se ao lado dos traidores como Silvério dos Reis. O destino da Nação brasileira está sendo decidido a cada momento, de forma irreversível, nos próximos dias, semanas, meses, ou mesmo mais tempo, no caso de uma “guerra” prolongada.

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