Nos meios de comunicação tem sido frequente encontrar análises que apontam para a necessidade de buscar “propostas de centro” para o Brasil, frente à polarização entre a esquerda e a extrema-direita.

No entanto, tais “propostas de centro”, que são as reformas defendidas pelo governo Temer, são tudo menos propostas de centro ou propostas unânimes entre os especialistas, como querem fazer crer o governo e os meios de comunicação. Propostas como a Reforma da Previdência ou como as já aprovadas Reforma Trabalhista ou Emenda Constitucional 95 (que impôs um teto ao gasto primário do governo), são propostas liberais, que visam reduzir o papel do Estado em mitigar as desigualdades.

Os meios de comunicação tradicionais não dão espaço para aqueles especialistas que discordam das medidas propostas por Temer na tentativa de fazer crer que essa é uma agenda comum entre todos aqueles cuja opinião é válida, desconsiderando inclusive o que pensa a população, que tem mostrado em diversas pesquisas ser contra as reformas propostas pelo governo.

É preciso, portanto, explicitar que a agenda das reformas não é uma agenda de centro, é uma agenda neoliberal.

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