OIT: Tendências do emprego na América Latina e Caribe

Segundo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na América Latina e Caribe (ALC), após uma década de forte crescimento, o ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) está diminuindo para níveis comparáveis aos das economias ditas avançadas: entre 2003 e 2012, o PIB na América Latina e Caribe (ALC) cresceu a uma taxa média anual de 3,7% o que, associado a políticas públicas, fez o desemprego decrescer de 9,1% em 2003 para 6,3% em 2013.

Crescimento anual do PIB na América Latina e Caribe e economias avançadas, 2003 a 2015

Fonte: OIT, 2015

Para 2014 e 2015 o crescimento da economia da ALC está previsto para abaixo das economias ditas avançadas. Já quanto ao desemprego, entre 2013 e 2014 houve um aumento de 0,3% (primeiro aumento desde 2009): o desemprego deve ficar em 6,8% em 2015, e deve permanecer nesse nível nos próximos, anos como mostra a tabela abaixo.

O desemprego juvenil também caiu consideravelmente, de 17,5% em 2003 para 13,3% em 2013, mas essa taxa é 2,8 vezes mais alta que a taxa entre adultos: assim, a população jovem corresponde a 24% da população em idade ativa, mas a 40% dos desempregados da região. Está previsto um ligeiro aumento em 2015 para o desemprego juvenil, alcançando 14,2%.

Desafios grandes para a região continuam sendo a alta informalidade e alta desigualdade, sendo esta a mais alta no mundo, apesar das melhorias nos anos recentes. Dado o cenário macroeconômico fraco na região e no mundo, a manutenção da dinâmica do mercado de trabalho e a redução da pobreza na ALC será um desafio para os próximos anos. É importante considerar que a trajetória do Brasil tem muito peso na definição não só de índices e tendências da região, mas também nas políticas públicas adotadas.