"Em dezembro do ano passado, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou que 2022 poderia marcar o fim da pandemia. Essa declaração vinha ao encontro da opinião de alguns epidemiologistas publicadas neste mês de janeiro. O fim da pandemia dependeria de algumas condicionantes, como a continuidade dos protocolos sanitários (lavar as mãos, utilizar máscaras, manter distanciamento social) e a universalização da vacina (não somente no interior de um mesmo país, mas também para todos os países). Isso significa que a pandemia ainda é um acontecimento atual, mas que começaríamos a vislumbrar no horizonte um limite, um término, que resultaria não na extinção do vírus da covid-19, e sim na passagem de uma pandemia para uma endemia.
De acordo com matéria publicada pela BBC no último dia 19, entretanto, Tedros Adhanom voltou atrás e informou que a pandemia não está nem perto do fim, questionando a tese de que a ameaça oferecida pela variante ômicron fosse menor. Por fim, segundo outra matéria publicada pela DW em 24 janeiro, o diretor-geral da OMS declarou que a fase aguda pode chegar ao fim neste ano, mas que é perigoso assumir “que estamos no fim do jogo da pandemia”. Apesar do balde de água fria jogado por Tedros Adhanom, podemos reconhecer que se coloca uma mesma questão em suas três declarações e nas opiniões emitidas por alguns epidemiologistas: o fim da pandemia."