Da Piauí

As ações da Justiça e de partes do governo federal junto à Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) estão pondo em risco o grande motor da educação superior e da ciência no Brasil. Em menos de um mês, 114 pesquisadores de referência em suas áreas de pesquisa, em renúncia coletiva sem precedentes, pediram demissão de seus cargos na Capes antes do fim de seus mandatos de quatro anos, período em que deveriam executar a avaliação quadrienal dos cursos de pós-graduação.

Esses profissionais se sentem impossibilitados de realizar a tarefa que lhes cabe, pois estão duplamente pressionados: de um lado, pelo governo, para respaldarem novos cursos, principalmente os de educação à distância; e, de outro, pela Justiça Federal, que exige agora sigilo sobre as notas da avaliação. Sabem que têm os braços atados diante da mistura de judicialização com politização de um sistema de avaliação bem-sucedido há décadas, pautado pela comunidade e discutido em todo o território nacional com critérios claros e transparentes.

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