"Os ciclos políticos na América Latina têm sido um fenômeno observado desde que a região passou pelos processos de redemocratização após o período de golpes militares no século XX. A alternância de poder entre líderes do espectro político mais à direita com os mais à esquerda vem acompanhado de dilemas conjunturais que criam em cada ciclo características semelhantes entre eles, e que revelam problemas estruturais da região. Recentemente, o continente vivenciou a chamada onda progressista (1998-2016) que deixou um legado de políticas públicas voltadas para pautas sociais. Mas com o fim do boom das commodities, as fragilidades dos países ficaram evidentes. Isso abriu espaço para que a corrupção se tornasse o alvo prioritário de forças conservadoras, com grande apelo popular. Contudo, o que se pode observar é que, além de um conservadorismo tradicional, há uma nova direita na América Latina que coloca a própria democracia em questão, apelando para o ressentimento social de camadas populares."
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