Na sexta-feira, 14 de outubro de 2016, a diarista Maria da Conceição era das primeiras na fila do pátio da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, na Praça Onze, no Centro do Rio. Aguardava atendimento no ônibus da Justiça Itinerante, serviço público e gratuito especializado na emissão de certidões de nascimento, ligado ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Eu já sabia o motivo que levara Maria até ali. Mesmo assim perguntei. E ela, mais do que me contar, me mostrou: do seu seio esquerdo projetava-se um caroço do tamanho de uma laranja. Na emergência do hospital público em que fora atendida, avisaram que não poderiam operá-la. O motivo? Maria não tinha documentos.

Leia a íntegra da reportagem no Outras Palavras.