A melhor estratégia a ser adotada pelo Brasil para enfrentar o novo ciclo de commodities vai ser aquela capaz de mitigar os malefícios e aproveitar ao máximo os benefícios, transformando os ganhos de curto prazo em projetos de desenvolvimento de longo prazo. É necessário examinar o passado recente para evitar que o novo ciclo seja apenas mais um voo de galinha.

Não bastasse o preço do gás e da gasolina, explodiu também o das carnes e de outros produtos básicos para o consumidor brasileiro. Curiosamente, o Brasil não depende de importação desses produtos, mas a lógica do mercado livre subordina seus valores à demanda externa e à cotação do dólar, embora os itens sejam produzidos e consumidos em reais. Na Argentina, o governo tentou garantir o abastecimento interno das carnes restringindo sua exportação. Com isso, espera-se também estancar o aumento dos preços. Há outras formas de atuar, como impostos sobre exportação ou o uso inteligente e planejado de estoques reguladores, como a China fez em grande escala. O que vemos no Brasil é mais uma vez omissão e descaso com o povo brasileiro. E o pior é que a tendência é o agravamento dessa situação com a retomada das economias centrais. Vamos entender isso.

Leia a íntegra do artigo de Bruna Belasques, Bruno Castro Dias da Fonseca, Gabriel Santos Carneiro e Naomi Takada no site da Opeb